Conferência da FAO dá atenção à mulher

Fotografia: Francisco Lopes

Fotografia: Francisco Lopes

Angola acolhe em Novembro a “Conferência Internacional sobre Agricultura Familiar e o seu Contributo para a Segurança Alimentar Sustentável” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), revelou no sábado, em Milão (Itália), o embaixador angolano acreditado naquele país, Florêncio de Almeida.

O diplomata, que falava na cerimónia de apresentação pública do pavilhão de Angola na Expo Milão 2015, afirmou que o objectivo da conferência é dar mais visibilidade à agricultura familiar e aos pequenos agricultores, e reforçar o papel da mulher rural.
Florêncio de Almeida lembrou que a segurança alimentar é a prioridade das prioridades do Executivo, tendo em conta os desafios da erradicação da fome e da pobreza. “É consenso geral que hoje o mundo produz alimentos suficientes. No entanto, apesar dos progressos socioeconómicos e tecnológicos alcançados, os esforços para a redução da fome no Mundo e, sobretudo em África, têm-se revelado insuficientes”, disse.
O embaixador recordou que, fruto dos esforços desenvolvidos no domínio da erradicação da fome, a FAO homenageou, em 2013, Angola com um diploma de mérito, por ter alcançado a “Meta 1” dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, ao reduzir para metade a proporção de pessoas subnutridas. “É um importante feito conseguido num período curto e que resulta do esforço combinado do Governo e da sociedade”, disse.
Para o diplomata, no quadro do Programa Nacional de Desenvolvimento 2013-2017, a diversificação da economia angolana é o desafio mais importante para Angola. Florêncio de Almeida afirmou que a participação na Expo Milano 2015 coincide com o bom momento por que passam as relações de amizade e de cooperação entre Angola e Itália. Estas relações, salientou, foram reforçadas, mais uma vez, com a histórica visita a Angola do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, no passado mês de Julho.
Em Janeiro, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO) assinou um acordo de cooperação com o Brasil e Angola para impulsionar a pesquisa agrária e veterinária a fim de fortalecer a segurança alimentar no país africano. O projeto chamado Cooperação Sul-Sul dura dois anos, e será cofinanciado pelo  Brasil e  Angola, que cobrirá 2,2 milhões de dólares dos custos financeiros, enquanto o Brasil fornecerá uma contribuição de 875 mil. Os pesquisadores angolanos vão receber assistência técnica e capacitação a curto prazo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que teve papel-chave no programa Fome Zero.

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