Governo desenvolve novas estratégias

Fotografia: Domingos Cadência

Fotografia: Domingos Cadência

O Executivo está a criar condições para a instalação de um centro de procriação medicamente assistida, na maternidade Lucrécia Paim, anunciou ontem, em Luanda, o director daquela unidade hospitalar.

Abreu Pecamena Tondesso, que falava num seminário sobre “Infertilidade de Procriação Medicamente Assistida”, afirmou que a criação do centro está condicionada à aprovação de uma legislação que permita a utilização de técnicas de procriação medicamente assistida no país.
Acrescentou que existem várias razões e objectivos para a existência de uma legislação  sobre o problema da infertilidade e das técnicas de procriação medicamente assistida. Abre Tondesso pontou o número crescente de casais inférteis no país como uma das razões, sublinhando que esta situação constitui uma ameaça à estabilidade de muitas famílias.
De acordo com o director da Maternidade Lucrécia Paim, a criação do centro  vai contribuir para reduzir o número de casais que recorrem ao estrangeiro por problemas de infertilidade, o que tem criado muitos encargos financeiros para o país.  Além disso, vai ajudar a combater actos ilegais praticados por profissionais não habilitados em unidades sanitárias não autorizadas.
“Podemos afirmar, sem medo de errar, que a infertilidade motiva crise em gerações, porque no casamento se suporta todo tipo de crise, mas a infertilidade deixa exposta uma área muito íntima do casal, armazenando a perda do futuro familiar, provocando até a separação”, considerou o director da maternidade.
Com este evento, a direcção da Maternidade Lucrécia Paim teve como objectivo proporcionar um fórum de discussão e de convívio aos que se dedicam à medicina reprodutiva.
Abreu Pecamena Tondesso fez referência aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e realçou que é competência dos governos desenvolver e planear estratégias que permitam atingir os objectivos do Programa de Acção da Conferência das Nações Unidas sobre o acesso a serviços de saúde reprodutiva.
A OMS  considera a infertilidade como um problema de saúde pública, por isso os cuidados a prestar na área de saúde sexual e reprodutiva compreendem um conjunto de serviços.

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