Salto de qualidade na Comunicação Institucional

Fotografia: José Cola
A Reunião Metodológica dos Assessores de Imprensa e Chefes de CDI, que decorre desde segunda-feira, no Centro de Convenções de Talatona, encerra hoje em Luanda.
Ontem, segundo dia de reunião, dedicado a uma acção de formação, o ministro da Comunicação Social, José Luís de Matos, reiterou a necessida de um trabalho de excelência no sector da comunicação social institucional.
Os participantes foram informados sobre como contribuir para reforçar a imagem do Governo ao lidar com os meios de comunicação.
O consultor Raimundo Lima, que dissertou sobre o tema “Nova postura para uma Comunicação Institucional Eficiente e Eficaz”, disse que Angola é um país que tem registado um crescimento económico enorme que deve ser acompanhado com um crescimento social e cultural, mas sobretudo a comunicação social deve acompanhar esse crescimento.
Raimundo Lima considera importante a decisão do Executivo, através do Ministério da Comunicação Social, do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (Grecima) e da Assessoria de Imprensa da Presidência da República, em dar um salto de qualidade na comunicação social institucional, não apenas para o Executivo, como também para a população, porque vai significar a melhoria das condições de vida. A política de dar e receber informação é uma das principais vertentes da comunicação para os assessores de imprensa e chefes de CDI. “É preciso que se faça uma comunicação de duas vias, que é informar e criar mecanismos de obter mais informação da população”, sublinhou.
Raimundo Lima salientou ainda que é preciso que haja uma disseminação no Executivo sobre as novas linhas de comunicação, que deve ser tida como uma ferramenta de estratégia de gestão, sendo necessário que a comunicação esteja inserida na própria tomada de decisão dos governantes. Mas para isso, referiu, é preciso que haja maior formação dos governantes, dirigentes e assessores.
Os países mais avançados procuram fazer com que os dirigentes tenham maior abertura para que a comunicação seja uma ferramenta estratégica de governação.
A comunicação de duas vias, que informa e recebe informação, pode ser feita através de redes sociais, media e contacto directo com o público.
O Executivo, através dos CDI e da assessoria de imprensa, pode estabelecer uma comunicação de duas vias para fortalecer as suas acções de acordo com o interesse público. “É necessária uma maior abertura para a imprensa acompanhar o crescimento político, económico e social do país. O país aprofunda cada vez mais a sua democracia e exige uma nova postura”, acentuou.
Preparar os dirigentes
O consultor defendeu ainda que os dirigentes devem ser tecnicamente preparados para saber como falar e o que falar para a imprensa, o que significa que cada acção precisa de ser adoptada adequadamente.
Quanto a uma boa postura de comunicação institucional, Raimundo Lima defende que os assessores devem empreender iniciativas exigidas de preparar os dirigentes governamentais para uma nova postura perante os media, ampliar a integração do Executivo com a sociedade, levá-lo a mostrar à população o que desenvolve e não apenas divulgar mas gerar também factos jornalísticos.
A acção de formação prossegue hoje com uma abordagem sobre a “Importância da Pesquisa de Opinião para a Criação e Gestão da Estratégia de Comunicação Institucional Pública”, além das técnicas de como fazer um bom comunicado de imprensa, com objectividade, importância, vantagens e precisão.
O “Marketing Governamental, Comunicação como boa política – Desafio de fazer acontecer” é também um tema a ser abordado hoje.