Novos administradores para Luanda

Fotografia: Francisco Bernardo

Fotografia: Francisco Bernardo

O governador de Luanda, Graciano Domingos, procedeu na sexta-feira, em despachos separados, a exonerações e nomeações dos administradores municipais da Quiçama, Viana, Belas e Cacuaco.

De acordo com os despachos, foram exonerados Ana Maria Rodrigues da Silva e Silva, do cargo de administradora municipal da Quiçama, José Manuel Moreno Mendes Fernandes (município de Viana), Joana António Quintas (Belas) e Rosa João Janota Dias dos Santos (Cacuaco).
Noutros despachos o governador de Luanda nomeou José Tavares Ferreira para presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda, Filipe Barros Espanhol (administrador municipal de Belas), Domingos Assis Fortes, para o município da Quiçama, Carlos Alberto Cavuquila (Cacuaco) e Manuel Mateus Caterça (Viana).
Foi igualmente nomeado Adriano Mendes de Carvalho (Icolo e Bengo) e Victor Nataniel de Oliveira Narciso (Cazenga).
Essas nomeações e exonerações foram feitas um dia depois de Graciano Domingos ter tomado posse no novo cargo. O novo governador foi nomeado segunda-feira, pelo Presidente da República, em substituição de Bento Joaquim Sebastião Francisco Bento. Após assumir oficialmente as funções, Graciano Domingos apontou como objectivo principal do seu mandato acabar com aquilo que chamou de desordem na capital do país. “Notamos que Luanda é um pouco afectada por alguma desordem”, considerou o novo governador, defendendo que “é necessário encontrar, colectivamente, soluções entre a administração da cidade e os cidadãos”.
Graciano Francisco Domingos, que volta a um cargo que chegou a ocupar, interinamente, há três anos, definiu como áreas prioritárias de actuação, conforme a actual política em curso, a saúde pública, o saneamento básico e a recolha de lixo, além da mobilidade, face ao caos diário vivido no trânsito automóvel em Luanda. A nomeação de um novo governador aconteceu uma semana depois do anúncio, pela Casa Civil do Presidente da República, de que o Governo da Província de Luanda ia ser reestruturado, face à “necessidade urgente da desconcentração administrativa” e “da adopção de um modelo de administração local diferenciado”.
A nota refere que o Presidente da República criou, através de despacho, uma comissão de reestruturação do Governo Provincial de Luanda, a qual deverá apresentar um relatório final dentro de 90 dias. A decisão é justificada, além da desconcentração administrativa, com a “adopção de um modelo de administração local diferenciado para esta província, pelo facto de albergar a capital e se tratar da mais povoada, mais urbanizada e mais estruturada do país”.
No mesmo documento, é realçado que o modelo de desenvolvimento do espaço urbano da província de Luanda “assenta em novos entes territoriais e em diferentes modelos de gestão”, exigindo-se “a prestação de um serviço público mais eficiente às populações e a criação das melhores soluções para a futura administração autárquica”.

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