Candidatura de Angola ganha mais aliados

Fotografia: Divulgação

A candidatura de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o período 2015 e 2016 ganhou, na passada semana, mais aliados, de países asiáticos e do Pacífico.

O secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, esteve na semana finda em digressão por alguns países asiáticos e do Pacífico, para participar em vários fóruns em Singapura, em Bali (Indonésia) e em Apia (Estado Insular de Samoa), sob a égide de agências das Nações Unidas, e na procura dos contínuos apoios à candidatura de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Antes de rumar para Bali, Manuel Augusto participou no Fórum de Negócios África-Singapura com os ministros dos Negócios Estrangeiros da Etiópia, Gana, Quénia, Mauritânia, Nigéria, Ruanda, África do Sul, Tanzânia e Zimbabwe.
Singapura pretende estender a sua cooperação com África e elevar o nível de participação em vários fóruns africanos, segundo a estratégia do seu primeiro-ministro, Lee Hsien Loong. No Fórum, Manuel Augusto falou dos objectivos do país a um lugar como membro não permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
“Dez anos depois da primeira presença de Angola no Conselho de Segurança da ONU, estamos melhor para contribuir para a agenda deste importante órgão principal na resolução de conflitos”, disse o secretário de Estado.
Em Bali (Indonésia), Manuel Augusto teve um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão, Eblan A. Idrissov, à margem do Fórum da Aliança das Civilizações da ONU. Os governantes avaliaram a cooperação nos petróleos e gás, a aplicação de investimentos europeus em Angola e a candidatura do país a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Ainda à margem do Fórum Aliança das Civilizações da ONU, Manuel Augusto reuniu-se com o secretário permanente do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Manasvi Srisodapol, que garantiu o seu voto favorável à campanha de Angola à Organização das Nações Unidas. A Tailândia, por sua vez, solicitou o apoio do Governo angolano à candidatura a membro do Conselho de Segurança dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, para o período 2017-2018.
O secretário de Estado das Relações Exteriores representou o ministro Georges Chikoti no Fórum da Aliança das Civilizações da Organização das Nações Unidas, uma iniciativa política lançada em 2005 pelo então Secretário-Geral da ONU, Koffi Annan, e pelos primeiros-ministros de Espanha e da Turquia. O objectivo é a concertação de acções nos vários domínios e o entendimento e cooperação entre os vários países, povos e comunidades.

Estadia na Indonésia

A diplomacia angolana também foi evidenciada em Apia (capital de Samoa do Pacífico), durante vários encontros bilaterais ocorridos à margem da III Conferência dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento das Nações Unidas.
Manuel Augusto abordou com o vice-primeiro ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Maelanga, a candidatura de Angola a membro não permanente das Nações Unidas, para o período 2015-2016, além dos esforços da presidência da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos na resolução de conflitos, com relevância para o leste da República Democrática do Congo.
Manuel Augusto também teve um encontro com o ministro do Desenvolvimento Sustentável das Ilhas Santa Lucia, James Fletcher, que pediu a Angola para a contínua advocacia, junto da comunidade internacional, para a questão das mudanças climáticas, uma vez assumido o lugar de membro não permanente do Conselho de Segurança.
Numa agenda preenchida por vários encontros bilaterais, o enviado da República Checa manifestou o apoio do seu país à candidatura de Angola. O director-geral da divisão dos países não europeus do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Checa, embaixador Ivan Jancarek, pediu reciprocidade para a candidatura, em 2015, do seu país a um assento no Conselho Económico e Social das Nações Unidas.
Manuel Augusto e Ivan Jancarek realçaram o fortalecimento das relações político-diplomáticas de ambos os países, assim como a reabertura da representação diplomática daquele país do leste europeu em Luanda.
Manuel Augusto recebeu ainda o secretário permanente do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Estado Insular de Samoa, Aiono Mose Pouvi Sua, a quem informou sobre a evolução política de Angola, as potencialidades económicas, o papel do Presidente angolano na pacificação da região e na resolução de conflitos no leste da RDC e na República Centro Africana.

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