EUA quer cooperação contra tráfico humano

Fotografia: Paulo Mulaza
Os Estados Unidos pretendem cooperar com Angola em matéria de combate ao tráfico de seres humanos. O desejo foi manifestado ontem ao ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, pelo embaixador americano, Luís Cdebaca, responsável pelo Gabinete para a Monitorização e Combate ao Tráfico de Seres Humanos.
Luís Cdebaca disse ter abordado com o chefe da diplomacia angolana questões ligadas ao tráfico, assim como as formas em que a administração norte-americana pode cooperar com o Executivo. \”Tivemos uma conversa muito boa sobre como devemos trabalhar no futuro, de modo a combater o tráfico de seres humanos. A cooperação vai ser baseada sobretudo a partir do trabalho que já tem sido feito em Angola, tendo em conta a Lei 3/14, contra o Tráfico de Seres Humanos e Escravidão\”, disse.
Cdebaca referiu que com base nessa lei pretende-se realizar mais formação ao nível governamental, envolvendo nomeadamente os oficiais policiais e de justiça.
Grandes Lagos
Numa outra audiência, Georges Chikoti recebeu o comissário da União Africana para as Questões de Paz e Segurança, Smail Chergue, com quem abordou a actual situação na Região dos Grandes Lagos e o papel que Angola joga para a pacificação da mesma. Chikoti e Chergue conversaram também sobre a situação na República Centro Africana, assim como sobre questões relativas à paz e segurança no continente africano.
\”Angola é um país importante para a União Africana e o seu papel torna-se cada vez mais imprescindível, desde que dirige a Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos. Na qualidade de comissário para a Paz e Segurança da União Africana vim a Angola para procurar saber do senhor ministro sobre a situação (na Região dos Grandes Lagos) e quais são as medidas que podem ser tomadas para a solução da crise\”, disse.
Smail Chergue anunciou para o próximo mês de Outubro, na Tanzânia, a realização de um encontro de chefes de estado-maior das forças armadas da União Africana, que devem discutir a reactivação da Força Militar de Reacção Rápida da organização continental.