Fábricas em contrução no Cuanza Norte

Fotografia: Nilo Mateus
A empresa Rogério Leal, do Cuanza Norte, começa a montar este ano bicicletas e motorizadas no Golungo Alto, abre uma cerâmica no Lucala e fábricas de farinha de milho, rações e óleo alimentar em Cambambe, anunciou o director provincial da Indústria.
Emanuel de Sousa disse que estes projectos são privados e estão inseridos no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) adoptado pelo Executivo para incrementar a actividade industrial, diversificar a economia, gerar postos de trabalho e reduzir a pobreza.
Contam-se entre as unidades industriais que emergem no Cuanza Norte projectos já operacionais, como a fábrica Ngolafrilaje, que produz artefactos de cimento e produtos de carpintaria, móveis, portas e janelas, A Light Steel, que produz casas pré-fabricadas, e as de água, a Cristalis e Santa Isabel, que além da qualidade permitem ainda aumentar a oferta.
Nos municípios do Cazengo e Cambambe existem panificadoras e fábricas de blocos consideradas pequenas empresas, tal como há, em todos os municípios, carpintarias, serralharias, marcenarias, padarias e gráficas consideradas microempresas ou indústria artesanal.
O director da Indústria na província referiu que se encontram à espera de financiamento bancário projectos de privados para montar fábricas de óleo de palma, descasque, torrefacção e ensaque de café, de detergentes, soalhos e pavimentos em madeira e serração, água mineral, vestuário e metalomecânica.
Há ainda projectos da iniciativa do Executivo, como o da indústria têxtil Satec, que realiza os primeiros ensaios de produção em 2016. No Pólo Industrial do Lucala, os primeiros talhões para instalação de fábricas são entregues em 2015.
Emanuel de Sousa prevê que, quando estiver concluído o Censo das Indústrias de Angola (CIANG), iniciado este ano e ordenado por Decreto Presidencial, sejam identificadas 200 unidades industriais activas ou em vias disso no Cuanza Norte.
A província tem ligações ferroviárias com Luanda e Malanje e rodoviárias com todo o país e os seus principais centros de consumo, características que, somadas ao elevado potencial hídrico e energético conferem à província do Cuanza Norte condições privilegiadas para o investimento bem- sucedido no sector da indústria, lembrou Emanuel de Sousa.