Líder do Parlamento na Cimeira da CPLP

Fotografia: João Gomes
O líder do Parlamento angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos, deixou ontem o país com destino a Díli, Timor Leste, onde participa, na quarta-feira, na X Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, na qualidade de presidente da Assembleia Parlamentar da CPLP.
No aeroporto 4 de Fevereiro, Fernando Dias dos Santos recebeu cumprimentos de despedida da vice-presidente da Assembleia Nacional, Joana Lina, e de outros deputados. Presidente da República, Manuel Domingos Vicente, que partiu para Díli no sábado.
O processo de transferência de cargos de direcção nas estruturas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) começou sábado com a passagem da coordenação das reuniões dos Pontos Focais da organização à representante de Timor-Leste, Lídia Martins.
Depois de ter coordenado este órgão da CPLP durante dois anos, a moçambicana Albertina Mac Donald passou o testemunho à Lídia Martins, uma técnica do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste.
A Reunião dos Pontos Focais de Cooperação é integrada pelos responsáveis, nos Estados-membros, que coordenam a cooperação no âmbito da CPLP, e fiscalizada pelo representante do Estado-membro que detém a presidência do Conselho de Ministros.
É a reunião dos Pontos Focais de Cooperação, como órgão da CPLP, que assessora os demais órgãos da Comunidade em todos os assuntos relativos à cooperação para o desenvolvimento comunitário. A nova coordenadora afirmou que a função que agora assume é de difícil execução, mas considera ser uma oportunidade para demonstrar que sabe vencer desafios.
Na terça-feira, dia 22, o actual presidente do Conselho de Ministros da organização, o chefe da diplomacia moçambicana, passa o testemunho ao seu homólogo timorense. Na quarta-feira, o chefe de Estado de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, passa a ser o presidente do órgão máximo da CPLP, durante dois anos, cargo que deixará de pertencer ao homólogo de Moçambique, Armando Guebuza.
A cimeira da CPLP, que decorre sob o lema “a CPLP e a globalização”, vai ser marcada pela entrada da Guiné Equatorial como membro de pleno direito e pelo regresso da Guiné-Bissau, suspensa na sequência do golpe de Estado de 2012. Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Guiné Equatorial na CPLP
O embaixador da Guiné Equatorial em Angola, José Esono, garantiu que o seu país está pronto para ingressar na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A adesão da Guiné Equatorial a membro de pleno direito da CPLP deve realizar-se na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, que decorre desde ontem até quarta-feira.
O embaixador da Guiné Equatorial em Angola desde 2006 disse que o seu país, para ingressar na Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa, teve que rever a Constituição, declarar o português como língua oficial e abolir a pena de morte da sua legislação penal.