Embaixadores acreditados

Fotografia: Rogério Tuti

Fotografia: Rogério Tuti

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, recebeu ontem as  cartas credenciais dos novos embaixadores de Itália, Giorgio  Pietrogiacomo, da Coreia do Sul, Kyong-Yul Lee, da Guiné Conacry, Djigui Camara, e dos EUA, Helena La Lime.

O Jornal de Angola ouviu Giorgio Pietrogiacomo, logo após a acreditação. O diplomata italiano falou das principais linhas de força da missão e destacou a visita oficial do primeiro-ministro Matteo Renzi a Angola, já a partir de amanhã.

“É uma visita muito importante, a primeira de um primeiro-ministro italiano a Angola em 40 anos de relações diplomáticas, que também coincide com a presidência italiana na União Europeia”, realçou Giorgio Pietrogiacomo.

O diplomata italiano chamou a atenção para outro pormenor dessa visita de Matteo Renzi, que assumiu o cargo em Fevereiro passado: “é a primeira do presidente da União Europeia, com a presidência italiana, à África, e reflecte a grande atenção que estamos a dedicar à África desde o começo do ano, quando a Itália decidiu lançar uma iniciativa nova, a Itália-África, para discutir uma nova parceria com base na igualdade e reciprocidade de ganhos entre a Europa e África”.

Missão de negócios

Além da vertente política, a visita do chefe do Governo italiano a Angola tem também um cunho económico. Segundo o embaixador Giorgio Pietrogiacomo, integram a comitiva do primeiro-ministro os mais importantes homens de negócios da Itália, interessados em conhecer ao pormenor o mercado angolano, as possibilidades de fazer investimentos e estabelecer parcerias com angolanos.

Em relação à sua missão em Angola, Giorgio Pietrogiacomo disse que a missão diplomática italiana em Angola tem entre as prioridades confirmar o apoio da Itália à política externa angolana, que é, como disse, uma política de paz que o Presidente José Eduardo dos Santos está a desenvolver essencialmente na região dos Grandes Lagos.

Excelentes relações

O diplomata italiano lembrou que o seu país foi o primeiro da Europa Ocidental a reconhecer a independência de Angola, em Novembro de 1975, e pretende seguir esse caminho. disse o novo embaixador de Itália, Giorgio Pietrogiacomo. A embaixadora dos EUA também falou ao Jornal de Angola.

Helena La Lime disse que espera “continuar a reforçar a relação rica que existe entre os EUA e Angola, ter diálogos mais focalizados e apoiar os esforços do Presidente José Eduardo dos Santos na área dos Grandes Lagos, mas também na crise que se vive na República Centro Africana”.

Com um português fluído, a diplomata, que viveu seis anos em Angola, espera dar o seu contributo na implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento de Angola e contribuir para a diversificação da economia angolana, com a participação de empresários do seu país.

Cimeira EUA-África

La Lime também falou da Cimeira EUA-África a ter lugar em Washington no mês de Agosto. “É a primeira vez que se faz uma cimeira desse tipo nos EUA. Trata-se de um evento histórico, em que os líderes do continente africano vão ter a oportunidade de ter uma conversa alargada com o Presidente dos Estados Unidos”, frisou. A cimeira, uma iniciativa do Presidente Barack Obama, vai discutir três temas: Investindo no futuro de África, a paz e a segurança e a Governação para as gerações futuras. “Eu estou convencida que vai ser uma conversa importante”, declarou La Lime.

Motivação especial

Confirmada pelo Senado para o cargo de embaixadora em Angola, no mês de Maio passado, Helena Meagher La Lime trabalhou na Polónia, Suíça, Alemanha, Marrocos, África do Sul, Chade e Moçambique. A sua nova missão tem um significado especial, já que viveu no Lobito e em Luanda, quando o seu pai foi o gerente da petrolífera Texaco. “Esta missão é especialmente importante para mim, porque aprendi o meu português aqui em Angola, cresci aqui, eu morei aqui durante seis anos”, disse.

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