Forças Especiais visitam museu militar

Fotografia: Domingos Cadência
Efectivos das Forças Especiais da SADC que vão participar no exercício “Vale do Keve” a decorrer em Agosto na província do Cuanza Sul visitaram ontem o Museu Nacional de História Militar de Angola, onde receberam explicações sobre as várias fases da resistência dos angolano e dos principais protagonistas contra a ocupação colonial portuguesa.
Os militares visitaram diversas áreas do Museu, como a exposição do material bélico, utilizado nas diferentes fases da história militar de Angola, as galerias das figuras do primeiro Comandante em Chefe das Forças Armadas, Agostinho Neto e do actual, José Eduardo dos Santos, assim como os bustos de figuras como da Rainha Nginga Bande, Diogo Cão, Salvador Correia, Paulo Dias de Novais, Nginga Nkuvu e outros.
Os destroços de aviões e carros recuperados pelas FAPLA na batalha do Cuito Cuanavale contra o exército sul-africano do regime do apartheid deixaram o coronel Frans Wessels Joost, chefe da delegação das forças especiais da África do Sul, dividido: “Estou orgulhoso e envergonhado”, disse ao Jornal de Angola. Frans Wessels Joost referiu que Angola dispõe de uma rica história militar que “impõe respeito”.
O comandante das forças especiais da Namíbia, coronel Marti Shilcomba, era combatente da Swapo em 1988 e reconheceu que a batalha do Cuito Cuanavale foi determinante para o seu país.
“Sinto-me feliz pelo que vi porque sou parte desta história”, disse, enquanto o seu colega da República do Congo Democrático, coronel Ndaywel Christian, considou a visita ao Museu Nacional da História Militar, “educativa e interessante”.“As FAA são um exemplo para os países da região”, sublinhou o oficial congolês, notando que a forma como foram geridos os conflitos internos desde o tempo colonial determina, hoje, a estabilidade política em Angola.
O exercício conjunto e combinado das forças especiais da SADC congrega militares de Angola, Botsuana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe. As Ilhas Maurícias, Ilhas Seicheles, Madagáscar e a Suazilândia não participam nos exercícios por não terem forças especiais nas suas forças armadas.