Produção petrolífera na liderança africana

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Angola pode tornar-se o maior produtor de petróleo africano em 2018, ultrapassando a Nigéria e superando a barreira dos dois milhões de barris por dia já no próximo ano, segundo um relatório da consultora Business Monitor (BMI).
De acordo com o relatório Oil & Gas Insight, Angola pode ultrapassar a barreira dos dois milhões de barris de petróleo por dia já no próximo ano, mas vai ter de esperar até 2018 para suplantar a produção da Nigéria, o actual líder na produção do \’ouro negro\’ em África.
“Acreditamos que o número de projectos de exploração de petróleo e o continuado sucesso na exploração vai permitir a Angola desafiar a Nigéria pelo primeiro lugar na produção de petróleo”, lê-se no documento, que aponta o desinvestimento das grandes companhias petrolíferas na Nigéria e os sucessivos adiamentos na aplicação da nova Lei do Petróleo como as principais razões para o abrandamento da produção petrolífera na maior economia africana.
O relatório sublinha também os grandes investimentos feitos pelas maiores companhias petrolíferas mundiais, como a Cobalt, a Total ou a ExxonMobil para suportar a tese de que as caraterísticas físicas da costa de Angola são semelhantes às do Brasil, onde os últimos anos têm sido férteis em descobertas de petróleo no pré-sal, uma espécie de camada por baixo do fundo do mar.
De acordo com esta publicação, a produção de Angola, depois de uma estagnação nos últimos anos, vai conhecer uma aceleração consistente até 2023, ano em que a produção deve ficar próxima dos três milhões de barris por dia, muito à custa destas novas descobertas no pré-sal.
O Executivo tem o objectivo de atingir uma produção diária de dois milhões de barris de petróleo com a entrada em operação de novos campos de produção e tendo em conta as reservas estimadas de mais de sete mil milhões de barris. Nos últimos seis meses, Angola produziu cerca de 1,65 milhões barris de petróleo por dia.