Armando Guebuza aplaude presidência angolana da CPLP

Foto: Angop
O Chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, na qualidade de presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), elogiou nesta quarta-feira, em Lisboa, as anteriores presidências à frente deste organismo, na qual se inclui Angola.
“A presidência moçambicana da CPLP representa a continuidade das presidências predecessoras, cujos sucessos e desafios são partilhados e apropriados pelos oito Estados-membros”, disse o Presidente moçambicano, num discurso, durante uma visita à sede da CPLP, no âmbito da sua visita oficial a Portugal.
Em final de mandato da presidência rotativa à frente da CPLP, Guebuza apelou para a “necessidade de uma cada vez maior interacção dos Estados-membros na promoção dos valores e princípios que norteiam o organismo, designadamente a paz, o Estado de direito democrático e a agenda de desenvolvimento social e económico”.
“O alargamento das áreas de intervenção da CPLP no domínio da cooperação para o desenvolvimento, a consolidação da parceria com a sociedade civil e uma maior projecção internacional da CPLP, como sublinha o crescente interesse de adesão de novos observadores associados”, são outros desafios apontados pelo líder moçambicano.
Entre outros desafios que deverão delinear do sucesso da CPLP, enumerou a manutenção do factor de agregação de sinergias, que considerou “desafio transversal que abarca o âmago da construção da comunidade, encerrando em si a noção de convergência de vontades e, em certa medida, o multilateralismo sobrepõe unilateralismo”.
A preservação e segurança, assim como o imperativo da segurança alimentar e nutricional, constam ainda das tarefas futuras referidas pelo Presidente Armando Guebuza.
“Com a capacidade técnica e científica que alcançamos hoje no mundo e com o conjunto de inovação e invenções patenteadas e graduadas com prémios nacionais, regionais e internacionais, não se justifica que ainda tenhamos cidadãos nos nossos países e no mundo que não saibam onde e quando terem a próxima refeição e com qualidade nutritiva”, criticou.
Referindo-se ao alargamento no seio da CPLP, salientou que quando feito de forma criteriosa, pode superar os receios.
“Ao promovermos o alargamento, reforçamos a mundialização da língua, o que contribui para o sucesso da diplomacia económica e para a internacionalização que o processo de globalização impõe”, adiantou.