Angola aplica regime de segurança nuclear

Foto: Lucas Neto

Foto: Lucas Neto

A ministra da Ciência e Tecnologia disse ontem que Angola tem interesse em estabelecer e aplicar um regime apropriado e efectivo de segurança nuclear, para prevenir e responder às consequências resultantes de um eventual acidente nuclear.

Ao discursar no encerramento do seminário nacional sobre o Plano Integrado de suporte à segurança nuclear de Angola, Maria Cândida Teixeira referiu que a segurança nuclear é uma questão importante a ter em conta nos aspectos de segurança interna e transfronteiriça de um país, onde muitos inimigos da paz pretendem utilizar o grande desenvolvimento da tecnologia nuclear para fins não pacíficos.

Cândida Teixeira reconheceu que Angola tem um longo caminho a percorrer no que toca a segurança nuclear, assim como no controlo de todas as fontes radioactivas e aparelhos emissores de radiação ionizante. Mas o país tem-se esforçado em ratificar convenções e acordos relativos à segurança nuclear, o que envolve a luta contra o tráfico de material radioactivo, que pode ser usado para fins terroristas.

O conceito de defesa quanto à segurança nuclear constrói-se através de uma extensa rede de barreiras, capaz de interromper quaisquer avanços de anormalidades que podem resultar em acidente, frisou. O plano permite o acesso às actividades planeadas pelo país, com o objectivo de melhorar a segurança e proteger a sociedade e o meio ambiente das consequências resultantes de um acidente nuclear.

O ministro da Energia e Águas afirmou que a segurança nuclear deve ser levada com muita seriedade e que a cooperação com outros países neste domínio é de vital importância. João Baptista Borges lembrou que Angola não possui qualquer central nuclear.

Tem apenas três aceleradores lineares, vários aparelhos de raio-X e outros tipos de fontes de emissão de radiação ionizantes, utilizadas em aplicações como a saúde, o sector industrial e exploração de petróleo e gás.

O ministro referiu que as medidas de segurança nacional são levadas a cabo pelas Alfândegas, em cooperação com as forças de defesa e segurança nos principais portos, aeroportos e postos fronteiriços, através da monitorização e inspecção do público, com aparelhos de Raio-x que permitem controlar e monitorizar a movimentação não autorizada de materiais radioactivos.

O seminário visou a elaboração de um Plano que vai permitir, de forma integrada, identificar e consolidar as necessidades que o país tem no domínio da segurança nuclear.

FacebookTwitterGoogle+