Angola Telecom arrebata prémio

Fotografia: Francisco Miúdo
A Angola Telecom, empresa pública de telecomunicações e multimédia, é a vencedora da edição 2014 do Grande Prémio Expo TIC, suplantando as operadoras CNTI, Angola Cables e a chinesa Huawei.
A gala de encerramento realizada na noite de sábado premiou também outras empresas, como a Uni Data que venceu o “Prémio Soluções Empresariais”, concorrendo com a IT Guest e a Lite. Na categoria “Melhor Participação para Qualificação”, a Mwago Brain arrebatou a distinção, suplantando as Tecnologias de Informação sem Fronteiras e a Cláudio Oliveira.
A operadora móvel japonesa Huawei recebeu o prémio de melhor participação tecnológica, enquanto o de melhor participante em termos de qualificação empresarial foi dado à empresa Mwaugo Brain.
O prémio Internet foi atribuído à operadora móvel angolana Unitel, o prémio Inovação à Global Telesat, seguido da Infrasat que arrebatou a categoria de melhor participante em Telecomunicações.
Na gala de entrega de prémios e certificados foram ainda atribuídas menções honrosas aos três melhores inventos académicos, entre eles, o detector de inundação e congestionamento de tráfego, de automação residencial com sistema operativo Android e o último sobre sistema pré-pago de consumo de água. Os três inventos pertencem a alunos do Instituto de Telecomunicações de Luanda (ITEL).
Tecnologia vencedora
A empresa Angola Telecom fez apresentação de novos produtos. Apresentou um serviço residencial denominado “Fale e Navegue”, um produto de Internet e voz e o “Fale Mais”, serviço de voz sem fio. O presidente do conselho de administração da Angola Telecom, João Martins, disse ao Jornal de Angola que a sua empresa lança em breve o serviço de Internet para telemóvel “Navegue só”.
A vitória na Expo TIC 2014 foi fruto da aposta da empresa no desenvolvimento das tecnologias em Angola, “com a dedicação de melhor prestação de serviços aos clientes da Angola Telecom”. O mundo das TIC em Angola está no bom caminho, considera João Martins, tanto na prestação dos serviços como em relação aos seus próprios utilizadores e a sua empresa tem feito esforços para acompanhar as demandas.
“Estamos agora focados em disponibilizar serviços de Internet em banda larga para todo o país. Nesta altura, a cobertura dos serviços com as operadoras de rede de telefone fixo é feita de dois modos, com e sem fio”.
João Martins reconheceu existir um défice na cobertura total de rede fixa na cidade de Luanda, devido ao seu crescimento e do acesso sem fio que cobre toda a parte urbana e algumas áreas suburbanas.
“As novas centralidades ainda não têm cobertura total da rede fixa mas estão a ser feitos esforços para cobrir estas zonas”, disse. A Angola Telecom está a fornecer em parceria com a empresa TV Cabo serviços com uma nova tecnologia em fibra óptica, televisão, vídeo e voz na Cidade do Kilamba. Depois é a vez da Centralidade de Cacuaco.
Energias alternativas
O terceiro Fórum Angolano das Tecnologias “Ango TIC” que decorreu de 20 a 22 deste mês nas instalações de um dos pavilhão da Feira Internacional de Luanda (FIL), recomendou maior investimento nas energias alternativas para garantir a sustentabilidade da concretização e uso das TIC nas zonas rurais, assim como a sensibilização sobre os riscos e gestão responsável dos tecidos electrónicos.
O investimento em energias alternativas para garantir políticas que incentivam a pesquisa e o desenvolvimento do software nacional, o reforço de iniciativas inerentes ao uso de plataformas como a “learning em Angola”, maior compilação das iniciativas de forma a evitar a redundância dos investimentos são também recomendações saídas do Fórum.
Os participantes reconheceram os esforços do Executivo na inclusão das TIC no sector da Saúde, com as iniciativas de um Hospital digital e o projecto RH (Recursos Humanos) do Ministério da Saúde. A formação tecnológica serve de complemento a competências básicas no estabelecimento de iniciativas de criação das tecnologias.
O Fórum debateu temas como “Os serviços na nuvem e a mobilidade do cidadão”, “Desafios presentes e futuros na acessibilidade” e “Disponibilidade e Qualidade”.
O Fórum Angolano concluiu que a concretização da banda larga produz a promoção e o acesso ao desenvolvimento económico.As tecnologias de informação contribuem para o aumento do PIB e redução da pobreza no país, gerando empregos directos e indirectos e aumentando a eficácia e a produtividade das instituições.
O Fórum recomendou um estudo das aplicações das TIC em actividades pertinentes, como na Agricultura, Meteorologia e Serviços de Protecção Civil, assim como a criação de uma política de segurança de informação nas instituições, para garantir a soberania cibernética em Angola.