Ministros da Defesa da CIRGL reunidos a portas fechadas

Foto: Lino Guimarães

Foto: Lino Guimarães

Os delegados à Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), destinada aos ministros da Defesa, encontram-se já reunidos, a portas fechadas, para aprovar a agenda de trabalhos, cujas discussões estão relacionadas com a situação de defesa e segurança nos países membros da sub-região.

Em alguns destes países, no caso concreto da República Centro-Africana, ainda persistem focos de acções armadas motivadas por divergências inter-religiosas, que têm vitimado a sua população, enquanto no leste da República Democrática do Congo, onde durante longos anos se registaram acções de sublevação armada, a situação tende a um clima de pacificação, depois das forças militares da RDC e da MONUSCO rechaçarem as forças negativas.

Por este facto, na sessão de abertura do encontro de ministros, o Vice-Presidente, Manuel Domingos Vicente, no seu discurso encorajou todos aqueles que nas hostes da rebelião tomam consciência da necessidade de paz e da observância do princípio do diálogo para a resolução dos conflitos.

As vitórias das Forças Armadas da RDCongo e da MONUSCO no leste deste país, apontam para um desfecho positivo da situação nesta parcela do território congolês, fruto dos esforços empreendidos pelo governo local e suas forças, pelas nações unidas, através da MONUSCO, pela União Africana e pela CIRGL.

O encontro ministerial deverá terminar ainda hoje à tarde com adopção e assinatura de um documento final.

A reunião congrega os ministros dos 12 países membros (Angola, Burundi, República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Congo, Quénia, Uganda, Rwanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia).

A República de Angola, na pessoa do seu Presidente, José Eduardo dos Santos, assume por dois anos a presidência rotativa da CIRGL, cujo mandato iniciou em Janeiro deste ano.

A CIRGL foi criada após os conflitos políticos que marcaram a região dos Grandes Lagos, em 1994, cujo resultado marcou o reconhecimento da sua dimensão e a necessidade de um esforço concentrado com vista a promoção da paz e do desenvolvimento na região.

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