Região Militar de Luanda apoia no combate ao crime

Fotografia: Eduardo Pedro
O comandante da Região Militar de Luanda, tenente-general Simão Carlitos “Wala”, assegurou ontem ao governador de Luanda, Bento Bento, a disponibilidade dos efectivos do Comando da Região Militar de Luanda em ajudar o Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional no combate à criminalidade, cujos níveis têm estado a preocupar as autoridades.
Na semana passada o comandante da Região Militar de Luanda visitou as instalações do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, onde se inteirou do seu funcionamento. Simão Carlitos Wala fez estas considerações ontem no salão nobre do Governo da Província de Luanda, durante o acto de apresentação ao governador de Luanda dos 13 membros da Região Militar de Luanda.
O oficial general das Forças Armadas Angolanas sublinhou que o Comando da Região Militar de Luanda pretende implementar, a curto prazo, um sistema de defesa da capital do país. Nos casos em que se verifiquem situações de emergência ou calamidades naturais, disse, as administrações municipais e comunais vão saber de antemão como agir, encaminhado de forma célere as populações em áreas de maior segurança.
Para se alcançar esse objectivo, disse, serão programados e realizados treinos e exercícios conjuntos, pedindo a colaboração de todas as forças vivas da província para a concretização do programa, que considerou de grande interesse para todos.
“Estamos aqui para reafirmar a nossa total disponibilidade para cooperar o mais estreitamente possível com o Governo da Província de Luanda, com o Comando Provincial da Polícia Nacional, instituição visitada na semana passada, e com todos outros órgãos que integram o sistema de defesa e concorrem para a manutenção da ordem pública e da garantia das condições de segurança na capital do país”, disse.
Simão Carlitos Wala disse estar consciente dos complexos desafios que tem pela frente e manifestou total disponibilidade para que a missão seja cumprida com êxito, sublinhando que “podem contar connosco 24 horas por dia, 30 dias ao mês e 360 dias ao ano, porque estamos permanentemente disponíveis a servir o interesse público em todas as circunstâncias e onde a intervenção dos militares for necessária”.
O comandante da Região Militar de Luanda afirmou que tem acompanhado com atenção os esforços que o Governo da Província de Luanda tem feito na busca de soluções para os múltiplos problemas existentes na capital, onde as estimativas apontam para existência de um universo de oito a dez milhões de habitantes com diferentes interesses políticos, económicos e sociais, que nem sempre se harmonizam com os programas do Governo da Província.
“A título de exemplo desta realidade de permanente conflitualidade de interesses podemos apontar os seguintes aspectos: o crescimento da ocupação e venda ilícita e anárquica de terrenos que constituem reserva fundiária do Estado, a venda ambulante e desregrada pela cidade sem respeito pelas normas legais e administrativas estabelecidas pelo governo da província, a imigração ilegal e a proliferação das seitas religiosas, o aumento assustador dos índices de sinistralidade rodoviária, as construções anárquicas e o aumento da criminalidade, muitas vezes praticada com recurso a armas de fogo”, disse.
Antes de ser nomeado para dirigir a Região Militar de Luanda, Simão Carlitos Wala foi chefe das operações do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas.
Juiz apresentado em Luanda
O novo juiz-presidente do Tribunal Provincial de Luanda, Domingos Mesquita, foi ontem apresentado ao governador de Luanda, Bento Bento, e aos membros do governo provincial. A apresentação foi feita pelo vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial, Simão Victor, que lembrou que em Junho passado, o Presidente da República nomeou, sob proposta do Conselho Superior da Magistratura Judicial, dez juízes Conselheiros para o Tribunal Supremo, entre os quais o antigo juiz-presidente do Tribunal Provincial de Luanda, Augusto Escrivão.
A vaga criada não foi de imediato colmatada devido ao complexo processo de selecção do magistrado que tivesse o perfil adequado para dirigir o Tribunal Provincial de Luanda. A escolha, disse, recaiu sobre o juiz de direito Domingos Mesquita, que profissionalmente sempre esteve ligado ao sector da justiça e do direito.
Considerou que a complexidade da cidade de Luanda é conhecida por todos, onde os índices de criminalidade são preocupantes.