Equipas móveis prosseguem registo de cidadãos em falta

Fotografia: Rogério Tuti

Fotografia: Rogério Tuti

O Gabinete Central do Censo continua a recolher os dados dos cidadãos que por qualquer motivo falharam o processo de Recenseamento Geral da População e Habitação, cujo período normal decorreu de 16 a 31 de Maio.

O coordenador técnico do gabinete garantiu ontem, ao Jornal de Angola, que o processo decorre sem quaisquer dificuldades. Paulo Fonseca explicou que os cidadãos continuam a ligar diariamente para apresentar as suas inquietações, em particular os que não foram registados, por estarem ausentes no momento em que os agentes de campo passaram pelas suas residências.

Paulo Fonseca acrescentou que as principais reclamações são de cidadãos que até ao encerramento do processo se mostraram resistentes e daqueles que tinham os selos amarelos nas residências, sinal de que não foram registados.

“Este acto cívico é salutar, porque nenhum cidadão quer ficar fora do processo”, disse o coordenador técnico do gabinete do Censo, referindo que várias equipas móveis continuam a trabalhar e atender as chamadas dos cidadãos através do serviço telefónico”.

O Censo Geral da População e Habitação terminou oficialmente no dia 31 de Maio, mas o Gabinete Central do Censo decidiu manter o pessoal técnico disponível por mais sete dias, apesar de a maior parte ter sido já desmobilizada. Durante este período, o terminal 114 (Call Center do Censo) continua activo e as pessoas em falta podem ligar para  ser recenseadas.

Durante a conferência de imprensa de balanço da operação do Censo, o director-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), Camilo Ceita, falou da existência de algumas bolsas em três províncias onde no fim da operação ainda estavam a ser realizadas algumas verificações de resultados, sobretudo nas residências onde, por qualquer razão, os agregados familiares não estavam presentes.

“Estamos a referir-nos a Luanda, concretamente nos municípios de Viana e Cacuaco, a Benguela, nos municípios de Benguela e Lobito, e na Lunda Norte, nos municípios de Chitato e Lucapa”, disse Camilo Ceita, para acrescentar que equipas móveis estavam preparadas para trabalhar no sentido de o recenseamento ser de facto efectivo.

Após declarar que o processo foi realizado com êxito e dentro do programado, Camilo Ceita disse que a cobertura do recenseamento andou pelos 99 por cento, uma vez que as bolsas que ainda existem constituem cerca de 500 habitações. “São 500 habitações num universo de um pouco mais de cinco milhões.

Portanto, podemos considerar que o nosso objectivo foi atingido”, acrescentou o director do Instituto Nacional de Estatística (INE), que coordenou todo o processo.

Camilo Ceita salientou que foram  enviadas para todas as províncias cerca de sete milhões de questionários. “Estes questionários, na sua globalidade, foram utilizados e temos de esperar que regressem a Luanda para começarmos o seu processamento”, explicou.

Os dados preliminares, sublinhou o director do Instituto Nacional de Estatística, abrangerão a população total do país, por província, por sexo e por idade no momento censitário. “Por volta de Setembro ou Outubro de 2015 vai ser feita  a divulgação de todos os resultados em formato de 13 ou 14 relatórios temáticos”, acrescentou.

O Censo começou com a cartografia, seguida do censo-piloto e a recolha de dados, que agora terminou. O passo seguinte é um trabalho de “logística inversa” (que é a recolha dos questionários de todas as comunas até que os mesmos cheguem a Luanda), seguida do processamento e tratamento da informação para, no prazo de até quatro meses, poderem ser apresentados os dados preliminares.

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