Recolhidas toneladas de alimentos

Fotografia: Paulo Mulaza

Fotografia: Paulo Mulaza

O Banco Alimentar de Angola, que iniciou no sábado, em Luanda, uma campanha de recolha de bens alimentares, conseguiu no mesmo dia angariar dez toneladas de produtos, que vão ser distribuídos a cinco centros de acolhimento da província de Luanda, que albergam crianças e idosos.

A responsável da campanha, Filipa Santos, que deu ontem a informação ao Jornal de Angola, disse que os produtos recolhidos foram doados por pessoas abordadas pelo Banco Alimentar de Angola nos principais supermercados da província de Luanda.

Entre os bens alimentares recolhidos no primeiro dia da campanha destacam-se leite, arroz, açúcar, óleo alimentar, conservas enlatadas, bolachas, grão de bico, feijão, massas e cereais.

O arroz, com duas toneladas, a massa e o leite, são os produtos mais recolhidos pelo Banco Alimentar de Angola que, numa primeira fase, vai ter apenas a província de Luanda como o seu raio de acção, embora pretende expandir-se, nos próximos meses, a outras províncias, dando prioridade às localidades com mais necessidades alimentares.

Até ao meio dia de ontem, no Supermercado Martal, por exemplo, tinham sido distribuídos mais de mil sacos, em cada um dos quais as pessoas solidárias com a causa colocaram os produtos que entenderam. Maria Cristina, uma das contribuintes solidárias, considerou nobre o acto de ajudar pessoas necessitadas.

“Para mim, o preço é insignificante quando o que está em causa é a diminuição do sofrimento de quem está a precisar de ajuda”, declarou Maria Cristina.

Quem também procurou ajudar foi Leida Rita, uma jovem que manifestou o seu entusiasmo quando foi abordada para participar na causa solidária, que considerou “mais do que solidária”. “Fico feliz quando as pessoas se juntam para ajudar outras.

Com este acto, acabamos por nos ajudar a nós mesmos e também a melhorar a condição de um irmão”, disse a jovem. A coordenadora Filipa Santos referiu que a recolha de alimentos no interior de supermercados é uma iniciativa que já existe em muitos países da Europa e tem ajudado muitas pessoas vítimas da crise económica e financeira por que passam alguns países europeus.

“Sabemos que o povo angolano tem conhecimento deste tipo de iniciativa e quisemos aqui tornar possível este tipo de ajuda a quem precise”, disse, acrescentando que o Banco Alimentar de Angola apenas recebe alimentos.

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