Angola intensifica trabalho pela prosperidade mundial

Foto: Lino Guimarães
Angola vai continuar a trabalhar lado a lado com todos os membros do Movimento dos Países Não Alinhados, no nobre propósito que sempre norteou a organização e na prevalência da solidariedade em prol da paz e a prosperidade no mundo.
A promessa foi reiterada pelo secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, na 17ª Conferência Ministerial do Movimento dos Países Não Alinhados (MPNA), que decorreu na quarta e quinta-feira, em Argel, sob o lema “Solidariedade Reforçada para a Paz e a Prosperidade”.
“Angola renova a predisposição de contribuir de forma incessante para a consolidação da capacidade institucional do Movimento face à dinâmica dos desenvolvimentos da situação política internacional a nível regional, continental e global”, sublinhou. Manuel Augusto anunciou que Angola é candidata a uma vaga de membro não permanente no Conselho de Segurança da ONU, nas eleições que têm lugar durante a 69ª sessão da Assembleia, em Setembro, e apelou ao voto de todos os Estados-membros a favor da candidatura do seu país.
Manuel Augusto disse, ainda, que os ideais do movimento permanecem actuais. Entre as prioridades, realçou a lutar pela preservação da paz mundial, pelo desarmamento universal, contra a hegemonia das grandes potências e o neoliberalismo. Manifestou-se ainda a favor do desenvolvimento sustentável dos Países Menos Avançadas e em vias de desenvolvimento.
“Numa altura em que recrudescem as ameaças de guerra e acções intervencionistas das potências ocidentais congregadas e seus aliados, os Países Não Alinhados podem desempenhar um importante papel a favor da resistência dos povos que lutam para defender a sua soberania e conjurar os perigos advindos das acções das forças externas”, frisou, referindo que Angola continua preocupada com os episódios recentes que perpetuam a instabilidade política, a prevalência de conflitos e a ocorrência de situações anacrónicas no mundo moderno em que hoje vivemos.
Angola, disse, tem a honra de assumir a Presidência da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos e dá prioridade à garantia do respeito e plena salvaguarda dos Direitos Humanos, o reforço dos laços de boa vizinhança e da soberania dos Estados integrantes, para impedir que os seus territórios sejam utilizados para acções hostis contra outros estados.
“A Paz, segurança e estabilidade em África é um compromisso cuja materialização é inadiável”, defendeu.
Como membro de pleno direito da ONU e da União Africana, disse, Angola condena a interferência nos assuntos internos dos Estados e reitera que só o respeito pela ordem constitucional, pelo Estado de direito e pelas autoridades democraticamente constituídas pode garantir a paz e o desenvolvimento social e económico.