Angola é país “muito atractivo”

Fotografia: JAIMAGENS
A consultora energética Wood Mackenzie considera que Angola vai continuar a ser um país atractivo para os investidores no petróleo e gás, tendo vários projectos em andamento que vão compensar a médio prazo o abrandamento da produção este ano.
“Angola vai continuar a ser um país atractivo do ponto de vista dos investidores na área do petróleo e gás e antevemos um crescimento da produção”, afirmou o analista David Thomson, que segue Angola na consultora energética Wood Mackenzie.
David Thomson acrescentou que “as grandes empresas mundiais como a Total, BP, Statoil, ExxomMobil e a Chevron estão presentes em Angola e já mostraram o desejo de continuar a investir e fazer crescer os seus negócios no país” porque o futuro é risonho.
“Estou optimista sobre o futuro deste sector em Angola, porque apesar da produção ter emperrado um pouco este ano, o país ainda tem muitos milhares de milhões de barris de petróleo para produzir e descobrir”, acrescenta o analista, considerando que “muitos projectos de exploração em curso ainda estão nas fases iniciais de produção e por isso ainda têm muito potencial”.
Nos próximos 12 a 18 meses, a Wood Mackenzie antevê “a perfuração de pelo menos 20 novos poços” na bacia do Cuanza, no pré-sal, uma espécie de camada por baixo do fundo do mar que tem grandes reservas de petróleo e que justificam “elevadas expectativas”.
Questionado sobre a razão do optimismo nas perspectivas para Angola, quando outros analistas consideram que o país está a perder o interesse para os investidores e a adiar sucessivamente as metas de aumento de produção, David Thomson respondeu à Lusa que “há muitos projectos que devem começar a produção até 2020, o que vai ajudar a aumentar a produção”.
Entre os projectos enunciados por David Thomson está a CLOV da Total, “o mais mediático projecto a começar este ano”, mas também a primeira exploração no pré-sal, no campo da Cameia, que deve ser aprovado ainda este ano para entrar em produção em 2017.
Em conclusão, a Wood Mackenzie afirma, depois de dar vários exemplos de novos projectos que podem elevar a produção para os dois milhões de barris por dia, que “há projectos que vão aumentar a produção de Angola nos próximos cinco ou seis anos”.