Angola pode tornar-se num dos maiores produtores agro-pecuários de África

Foto: EDILSON DOMINGOS

Foto: EDILSON DOMINGOS

A República de Angola tem condições para tornar-se num dos maiores produtores agro-pecuários em África, por ser detentora de um clima que favorece à prática regular da agricultura e da criação de animais, ao contrário de muitos países do continente africano.

O prognóstico é da embaixadora brasileira em Angola, Maria Reis, durante a abertura, hoje, na cidade do Huambo, do seminário de lançamento do projecto sobre “Fortalecimento da capacidade de pesquisa e inovação dos Institutos de Investigação Agronómica e Veterinária de Angola”.

Na sua intervenção, a representante do governo do Brasil admitiu que o potencial que o país possui no domínio agro-pecuário trará, se for bem explorado, grandes benefícios para a população local.

Perspectivou que este seminário vai possibilitar a troca de experiências e de conhecimentos, duas ferramentas que a embaixadora do Brasil diz serem indispensáveis para a prossecução dos objectivos relacionados ao aumento da produção em Angola para o reforço da segurança alimentar.

Salientou, a propósito, que o projecto de fortalecimento da capacidade de pesquisa e inovação dos institutos de Investigação Agronómica e Veterinária de Angola representa um importante contributo para a segurança alimentar no país, sabendo que Angola foi num passado não muito recente um dos grandes produtores agrícolas.

“É uma iniciativa de grande relevo para o desenvolvimento de sectores estratégicos em Angola e, por esta razão, o Brasil sente-se honrado em prestar a cooperação técnica neste importante investimento, através da Agência Brasileira de Cooperação, veiculada ao Ministério das Relações Exteriores e a Agência de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituição que muito nos orgulha pela sua capacidade de produzir inovações e que foi responsável pela colocação do Brasil ao posto de um dos maiores celeiros mundiais da produção de alimentos”, disse.

A embaixadora afirmou que Angola é um parceiro estratégico do Brasil, numa relação histórica marcada pelo entendimento, solidariedade e pela convergência de posições em temas relevantes na agenda internacional, enquanto o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) é um parceiro essencial no esforço de manter o combate à pobreza e a busca do desenvolvimento com uma das prioridades.

O acto de abertura do seminário contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura, José Amaro Tati, do governador da província do Huambo, Kundi Paihama, e do representante da FAO, Mamoudou Diallo.

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