País poupa 10 milhões de dólares/ano com redução de evacuações

O país está a poupar cerca de 10 milhões de dólares norte-americanos/ano com a redução das evacuações para o exterior, por junta médica, como resultado dos investimentos no sector desde 2017.

Os números  foram avançados hoje, terça-feira, pela ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, em entrevista à Rádio Huíla, do grupo RNA, à margem do 30º conselho consultivo do Ministério.

Dados do Ministério da Saúde (MINSA) dão conta que Angola mantém, actualmente, 129  doentes no exterior do país, com junta médica, sendo 77 em Portugal, com 30 acompanhantes, e 30 na África do sul, com sete acompanhantes.

Conforme os dados disponíveis, o país tinha, até ao ano de 2017, 245 pacientes e 130 acompanhantes às expensas da Junta Médica Nacional, em Portugal. Cada paciente, segundo os dados, custava, em média anual, cerca de cinco milhões de Kwanzas.

Nas últimas décadas foram tratados, em junta médica em Portugal, 9.360 pacientes e 5.250 acompanhantes, com gastos anuais de cerca de seis milhões de euros.

A ministra disse que em função da quantidade de doentes e da complexidade foram dadas altas médicas aos que estavam no estrangeiro às custas do Estado e revertidas as juntas para o país.

“Continuamos com números mínimos, mas garanto que estamos a poupar recursos e a médio prazo veremos os resultados dessa grande reversão”, afirmou.

Apontou que entre as áreas que obrigavam o envio de doentes de alta complexidade para o exterior estavam as de cardiologia, mais precisamente nas cirurgias para adultos e crianças, ortopedia, próteses do joelho e ancas, que já dispõem de especialistas qualificados ns unidades sanitárias do país.

A neurocirurgia, a oftalmologia, a oncologia são outros sectores da medicina com solução no país e que evitam a evacuação de pacientes, disse a ministra, que anunciou para breve o funcionamento das especialidades de fertilização in-viltro e transplantes, esta última, com a abertura do instituto hematológico pediátrico, onde estão a ser criadas condições para fazer o transplante de medulas.

Neste segmento, segundo a governante, está em curso um processo de formação de técnicos e adição de um ou outro equipamento para essa abordagem.

Nos últimos cinco anos, o Governo angolano colocou à disposição da população 85 modernas unidades sanitárias, num investimento que aumentou o acesso e a utilização dos serviços de saúde em todos os níveis de atenção, de forma a prestar cuidados a todos e em qualquer lugar.

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