Governo angolano advoga preservação dos oceanos da CPLP
O Governo angolano defende a adopção de melhores medidas para a conservação dos oceanos e o desenvolvimento da economia do mar, visando preservar os recursos marinhos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
De acordo com a secretária de Estado para as Pescas de Angola, Esperança da Costa, é necessário que se mantenha os oceanos saudáveis para proteger as espécies aquáticas, que servem de base alimentar e nutricional das famílias.
Ao proceder a abertura da Reunião de Peritos da CPLP, que antecede a 5ª Reunião de Ministros dos Assuntos do Mar (RMAM) desta Comunidade, a ter lugar no dia 26 deste mês, em Luanda, a dirigente apontou a aposta na tecnologia e inovação, bem como o desenvolvimento da digitalização como factores cruciais para a promoção de um oceano saudável.
Na ocasião, apelou a necessidade de se trabalhar em conjunto, com vista o alcance do crescimento económico, resiliente e inclusivo.
Para Esperança da Costa, a participação dos peritos nesse evento demonstra o compromisso dos lusófonos com o futuro dos oceanos e do planeta terra.
Finalmente, considerou de extrema importância a abordagem das questões dos oceanos, por ser um dos denominadores comuns dos países da CPLP, que comporta uma área de mais de 7,5 milhões quilómetros quadrados.
Por seu turno, o director de cooperação do secretariado executivo da CPLP, Manuel Lapão, augurou que a 5ª Reunião de Ministros dos Assuntos do Mar (RMAM) sirva para afirmação geoestratégica e geopolítica dos Estados-Membros.
A Reunião de Peritos, que serve para preparação da RMAM, decorre até esta quarta-feira, em Luanda.
Além de Angola, país anfitrião, o evento, que se realiza de forma híbrida, conta com a participação dos peritos de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Portugal e Brasil.
Pesca ilegal no centro da Reunião de Ministros
Sob o lema “Mobilizar parcerias e investimentos para o desenvolvimento sustentável dos mares dos Estado-Membros da CPLP. Desafios e oportunidades”, os participantes à 5ª Reunião de Ministros dos Assuntos do Mar vão reflectir em torno do combate à pesca ilegal, “não declarada” e “não regulamentada”.
Além disso, a reunião vai também permitir os lusófonos analisarem a proposta de criação da Plataforma de Cooperação na Promoção da Pesca Sustentável.
O certame servirá, igualmente, para Cabo Verde passar a presidência da RMAM para Angola, que já preside de forma rotativa a CPLP, no biénio 2021-2023.
Segundo o programa do evento, a que a ANGOP teve acesso, o evento visa, essencialmente, partilhar informação e trocar experiências, com foco na contribuição do oceano para o desenvolvimento sustentável dessa comunidade.
A identificação de prioridades para a cooperação da CPLP no sector do oceano, no biénio 2022-2024, bem como a avaliação do grau de execução do Plano de Acção da Reunião de Ministros dos Assuntos do Mar constam, igualmente, da agenda dos ministros.
Durante três dias, os governantes vão também reflectir sobre a “Promoção e fortalecimento das economias sustentáveis baseadas no oceano”, assim como em torno da “Gestão, protecção, conservação e restauração de ecossistemas marinhos e costeiros dos países membros da CPLP.