Saúde investe na especialização de quadros
Com vista a garantir uma assistência diferenciada a população, o Governo concebeu um Plano de Formação de Especialização Médica que tem permitido o alargamento do processo de formação em 41 especialidades, com nove áreas prioritárias.
As áreas foram eleitas em função do perfil epidemiológico do país, com destaque para Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Cirurgia Geral, Medicina Interna, Medicina Intensiva, Anestesiologia e Reanimação, Saúde Pública e Medicina Geral e Familiar.
Actualmente 2.620 médicos já iniciaram a formação especializada.
Mais de 16 mil profissionais de saúde, nas várias categorias, beneficiaram de formação de curta duração, em todas as carreiras, enquanto se continua a incentivar as formações especializadas pós-média em várias áreas em Luanda, com extensão para breve para outras províncias em especial nas especialidades de parteiras, ortoprotesia, anestesiologia, instrumentação, de entre outras.
As iniciativas constam do Plano de Desenvolvimento Nacional do País para garantir o bem-estar de todos os cidadãos, inserido no Programa do Governo 2018-2022, que visa reforçar o Serviço Nacional de Saúde, aumentando o acesso, a qualidade do acesso e a motivação dos profissionais.
O número de profissionais do sector da saúde em Angola aumentou de 63.738 profissionais efectivos para 96.831 fruto de dois concursos públicos realizados, permitindo um aumento de 35,01 por cento.
Os concursos foram realizados em 2018 e 2019 e permitiram a admissão de 33.093 profissionais de várias categorias a nível nacional.
Outra aposta do sector, está ligada a ética e humanização nos serviços de saúde que tem como principal objectivo fornecer um melhor atendimento aos utentes e seus familiares e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde.
Essa mudança pode ser um dos intervenientes deste processo que permite melhorar a relação entre os profissionais e entre estes e os utentes.
Com vista a melhorar esse quesito, foram realizadas formações no domínio da humanização, higiene e segurança, saúde e ambiente no trabalho/ biossegurança, com objectivo de melhorar a qualidade da prestação dos serviços de saúde, quer nos hospitais públicos, quer nos hospitais privados a nível nacional.
O trabalho englobou a criação de uma equipa de 60 formadores que ministraram aulas de ética geral e especial, serviços sociais em saúde, gabinete do utente, higiene saúde e segurança no trabalho, biossegurança, determinantes sociais em saúde, sistema de referência e contra-referência, espaço religioso e o ambiente espiritual nos hospitais, plataforma digital da humanização hospitalar (PDH2), recursos humanos e pós-graduação.
Agregado a componente formação, o Governo investiu também nas compras agrupadas de equipamentos e meios médicos com vista a melhoria da assistência médica e medicamentosa.
Neste âmbito, recorreram a modalidade das compras agrupadas através da agregação dos bónus atribuídos as províncias, que a aquisição de diversos.
Dentre os meios destacam-se: nove TACs, 58 Raios X, 75 ecógrafos, 1 angiográfo (hemodinâmica), três intensificadores de imagem (Arco em C), entre outros equipamentos de Laboratórios, que foram entregues e instalados nas unidades sanitárias a nível nacional que têm permitido melhorar o diagnóstico e a assistência médica.