Segurança está garantida

Fotografia: Eduardo Pedro
O ministro do Interior, Ângelo Veigas Tavares, garantiu o apoio técnico e de efectivos da Polícia Nacional durante o processo de recenseamento demográfico.
A confirmação do apoio policial foi feita ontem, em Luanda, durante um encontro com o coordenador do Gabinete Central do Censo, Camilo Ceita, na presença do comandante-geral da Polícia Nacional, secretários de Estados, directores Nacionais e os comandantes da Polícia Nacional das 18 províncias.
No encontro os dois órgãos analisaram assuntos ligados ao processo de formação dos técnicos já seleccionados, a logística, a distribuição de equipamentos, a questão da segurança dos recenseadores a nível do país e a avaliação operacional do primeiro trimestre de 2014.
Na ocasião, Camilo Ceita explicou que o processo está a decorrer de acordo com a previsão do Executivo e pelo que o Gabinete Central do Censo está a solicitar a ajuda da Polícia Nacional para a segurança de todos os meios à disposição do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Durante o recenseamento populacional o Instituto Nacional de Estatística vai movimentar 105.000 técnicos a nível nacional, disse o coordenador do Gabinete Central do Censo.
Testar conhecimentos
Supervisores e recenseadores saíram ontem à rua, nalgumas cidades e localidades do país, para testarem os conhecimentos, quando faltam dez dias para o arranque do Recenseamento Geral da População e Habitação.
Em Luanda, o trabalho começou por volta das 9h00. Alguns agentes, ainda não uniformizados, foram a algumas residências e fizeram perguntas ao chefe do agregado familiar e, depois, aos membros da família em separado. A simulação demorou cerca de 15 minutos.
Em Menongue, província do Cuando Cubango, o trabalho envolveu mais de mil supervisores e recenseadores. Cada grupo de formandos simulou uma entrevista presencial em três residências na zona urbana.
A actividade serviu para conciliar as aulas teóricas, que decorreram na semana passada, à prática. O assistente técnico municipal do Censo, Francisco Nhime, confirmou para hoje novas aulas práticas nas zonas suburbanas de Menongue e apontou a escassez de meios de transporte como principal dificuldade.
Dos mais de mil supervisores e recenseadores em formação no município de Menongue, apenas 986 vão trabalhar no processo censitário e vão ser apurados os candidatos que estiverem melhor preparados para o efeito.
O coordenador provincial do grupo técnico do Censo no Cuando Cubango defendeu o reforço do número de supervisores e recenseadores que vão trabalhar no recenseamento geral da população e habitação na região.
Em declarações ao Jornal de Angola, Nicolau Cambinda disse que os 2.059 supervisores e recenseadores para a província são insuficientes para cobrir os cerca de 200 mil quilómetros quadrados de extensão territorial da região. As autoridades já identificaram as localidades de difícil acesso e que vão necessitar de helicópteros e outros meios para transportar os agentes e a logística.
Palestra no Namibe
Os trabalhadores do Porto Comercial do Namibe foram ontem esclarecidos sobre a importância do recenseamento. Numa palestra que marcou a abertura das actividades comemorativas do 57º aniversário daquela unidade portuária, no dia 24, o chefe da subcomissão técnica do grupo provincial do censo, Dirceu Gomes, esclareceu todas as dúvidas levantadas pelos trabalhadores.
Fiéis católicos
O bispo da Igreja Católica em Malanje, D. Benedito Roberto, pediu aos fiéis para aderirem ao Recenseamento Geral da População e Habitação. O prelado católico, que falava numa missa campal de oração ao jubileu alusivo às comemorações dos 125 anos da Missão de Malanje, explicou que o Censo vai permitir ao Executivo conhecer quantos somos, como estamos e onde estamos, e facilitar a programação e gestão da vida do país.