Fundação Agostinho Neto apresenta livro em Lisboa

Fotografia: JA
A Fundação Dr. António Agostinho Neto vai marcar o 40.º aniversário da Revolução dos Cravos com o lançamento do livro “A Nação de Ser” e do DVD intitulado “Portugueses falam de Agostinho Neto”, no Porto, Coimbra e Lisboa, nos dias 28, 29 e 30 deste mês, respectivamente.
O livro junta textos analíticos sobre a poética de Agostinho Neto, desde a década de 60 até ao ano passado, seleccionados pelo professor Pires Laranjeiras e Ana T. Rocha, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Sorbonne Nouvelle-Paris 3.
“Trata-se de uma colectânea de ensaios, críticas, estudos, prefácios, artigos ou notas que foram aparecendo em diversos países e contextos, com particular destaque para aqueles que, desde a Itália aos Estados Unidos da América, Angola, França, Portugal, Brasil, Espanha, Rússia, República Checa ou Nigéria, dedicaram esforços (militantes, jornalísticos ou académicos) para tornar mais conhecida e compreensível, numa ética de reconhecimento, a poesia que é o acto poético fundacional da Nação angolana a fazer-se Estado”, lê-se no documento.
Assinam o texto um escol de professores, escritores, ensaístas e intelectuais que se devotaram às culturas africanas, como Alexandre Pinheiro Torres, Alfredo Margarido, Augusta Conchiglia, Basil Davidson, Benjamim Abdala Júnior, Carmen Tindó Secco, Conceição Cristóvão, Costa Andrade, David Mestre e Donald Burness.
Na lista destacam-se ainda nomes como os de Eugénia Neto (viúva de Agostinho Neto), Fernando Mourão, Inocência da Mata, Jofre Rocha, Jorge Amado, Jorge Macedo, José Luís Mendonça, Luís Kandjimbo, Marga Holness, Maria Parecida Santilli, Michel Labon, Pavla Ludmilová, Russel Hamilton, Simão Souindoula, Tània Macedo e José Lois García.
Já o DVD “Portugueses falam de Agostinho Neto” faz parte de uma série de entrevistas do arquivo audiovisual da Fundação a personalidades contemporâneas de Agostinho Neto que, com os seus depoimentos, vão contribuir para o enriquecimento e o registo da história recente de Angola e para o conhecimento das diversas facetas do primeiro Presidente angolano.
Foram entrevistadas em Portugal diversas personalidades, nomeadamente António Ramalho Eanes, Almeida Santos, Mário Soares, Silas Cerqueira, Veiga Pereira, Fernando Rosas, Pezarat Correia, Jaime Serra, Domingos Abrantes, Gonçalves Ribeiro, Aurélio Santos e, como convidado especial, Raúl Neto Fernandes.
A Fundação Agostinho Neto assina, igualmente em Lisboa, um protocolo de cooperação com a Associação Tito de Morais, de modo a estreitar os laços que uniram os seus respectivos patronos, António Agostinho Neto e Manuel Tito Morais, dois lutadores antifascistas, anticolonialistas e defensores da autonomia e autodeterminação dos povos africanos.
O protocolo permite aprofundar a cooperação na preservação da memória histórica e a da sua divulgação através de iniciativas conjuntas de natureza cultural, científica e técnica, conferências e convénios.