Potencial energético levado a Hamburgo

Fotografia: Jornal de Angola
Projectos que vão permitir, até 2017, aumentar a quantidade e qualidade da energia em Angola foram apresentados pelo secretário de Estado da Energia, Joaquim Ventura, durante o Fórum Alemanha e África, que terminou ontem em Hamburgo.
Joaquim Ventura destacou os projectos das barragens de Cambambe e de Laúca e a central do Soyo, além da construção de linhas de transmissão para escoar a energia para as sedes provinciais. Os projectos, disse o secretário de Estado, vão permitir a interligação com a região da SADC.
O secretário de Estado falou da construção da central hidroeléctrica de Laúca, com uma capacidade de 2.071 megawatts, que vai permitir, até 2017, elevar a capacidade instalada no país para 5.000 megawatts.
A reforma do sector eléctrico angolano, explicou o secretário de Estado, passa pelo surgimento de três empresas, uma para cada ramo, produção, transmissão e distribuição de energia eléctrica. Os trabalhos começaram no domingo com uma mesa-redonda onde estiveram presentes o secretário de Estado Joaquim Ventura, o ministro da Energia da Nigéria, Chinedu Nebo, o presidente da Associação das Sociedades de Electricidade de África, Rachid Ben Daly Hassen, o presidente da África Verein, Stefan Liebing, e o representante da Siemens na África do Sul, Ute Redecker.
Os participantes abordaram o novo desenvolvimento do mercado mundial de gás e os seus efeitos em África, os projectos de electricidade em grande escala, os produtores independentes de energia unindo os utilitários públicos e o futuro do fornecimento de electricidade em África.
Joaquim Ventura recordou aos investidores que o país está em paz há 12 anos e as relações entre Angola e Alemanha foram consolidadas com a cimeira de alto nível realizada em Luanda entre o Presidente José Eduardo dos Santos e a Chanceler alemã Angel Merkel, tendo apelado aos investidores alemães para traduzirem na prática os esforços das duas personalidades, investindo fortemente em Angola para a construção de fábricas e de infra-estruturas.