Luanda acolhe reunião de ministros da Saúde

Fotografia: JA
Luanda acolhe a partir de hoje a primeira reunião dos Ministros Africanos da Saúde, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Comissão da União Africana.
O encontro de Luanda conta com a participação de 300 delegados, entre ministros da Saúde, peritos e parceiros internacionais do desenvolvimento.
A reunião vai tentar obter consenso quanto à criação de um Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças e à criação de mecanismos de responsabilização conjunta para a implementação das Declarações e dos Compromissos assumidos pelos ministros da Saúde do continente.
A iniciativa da realização deste evento em Angola resultou de uma coordenação e concertação de esforços entre a OMS, União Africana e o Governo de Angola, perante a necessidade de se encontrarem respostas para as novas ameaças que se colocam à saúde das populações africanas e aos desafios do desenvolvimento, rumo à implementação dos Objectivos do Milénio. A OMS e a União Africana pretendem que reuniões do género venham a ser realizadas de dois em dois anos. O encontro decorre sob o lema “Façamos de África um Continente mais Saudável”. Os ministros vão discutir a criação de um centro de controlo de doenças em África, uma iniciativa da União Africana, analisada na última cimeira de Chefes de Estado.
O centro de controlo de doenças permite melhor vigilância dos grandes riscos para a saúde pública e reforçar os sistemas dos países com laboratórios para o aumento da capacidade da biossegurança e da qualidade dos serviços para apoiarem as medidas de prevenção e controle das epidemias. O ministro da Saúde José Van-Dúnem e o o director regional para África da OMS, Luís Sambo fizeram a apresentação da reunião no sábado.
Luís Sambo sublinhou que um dos pontos mais altos da reunião é a discussão sobre a criação de uma agência africana de medicamentos para aumentar a produção farmacêutica. e acrescentou que a OMS considera a iniciativa importante para o reforço da regulação farmacêutica nos Estados africanos.
Luís Sambo lembrou que em África circulam muitos medicamentos falsos, causando sérios problemas de saúde às pessoas que os usam. Isto acontece porque a maior parte dos países não tem um controlo eficaz.