Angola tem assegurados pressupostos para desenvolvimento bem-sucedido – ministro da Economia

Foto: Angop/foto arquivo

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Angola tem assegurados os pressupostos para um desenvolvimento bem-sucedido, obtido graças a uma disciplina orçamental orientada pelo titular do poder Executivo, José Eduardo dos Santos, afirmou hoje, terça-feira, em Turim, Itália, o ministro angolano da Economia, Abrahão Gourgel.

Abrahão Gougel, que falava na abertura do Fórum de Negócios Angola/Itália, que decorre na cidade de Turim, disse que o desenvolvimento registado nos dois  anos de paz efectiva permitiu obter saldos globais positivos superavitários e total controlo da trajectória da divida pública.

Acrescentou que para além da disciplina fiscal, associada a uma política monetária de estabilidade, o avanço económico ajudou também a reduzir a inflacção anual de forma consistente, desde 2002 (quando era superior a 100 porcento) para 7,69 porcento,  em Dezembro de 2013.

O governante adiantou ainda que, com a superação das dificuldades decorrentes da crise mundial de 2008, foi possível voltar a assegurar a estabilidade cambial, estando, neste momento, a taxa de câmbio da moeda nacional em relação ao dólar americano abaixo de 100 Kwanzas desde 2010 (era de 78 kwanzas antes dos efeitos da crise).

No âmbito do sector externo da economia, foi também possível a recuperação das reservas internacionais líquidas, que subiram do nível de USD 12 mil milhões ao final de 2009, no auge da crise mundial (eram de USD 19 mil milhões em 2008, para mais de USD 33 mil milhões no final de 2013, representando cerca de sete meses de importações e cerca de 28 porcento do Produto Interno Bruto (PIB).

O ministro fez saber ainda que os resultados da gestão exitosa da macroeconomia, nomeadamente,  na superação dos impactos da crise mundial, foram publicamente reconhecidos pelas organizações internacionais, especialmente o Fundo Monetário Internacional (FMI), após o cumprimento integral do Acordo Stand-by, iniciado em Novembro de 2009 e encerrado em Março de 2012.

Ainda no âmbito do reconhecimento do desempenho da economia angolana, o Banco Mundial (BM) e as principais agências de “rating” soberano atribuíram a Angola a classificação de risco ao nível B, devido as suas perspectivas de retoma do crescimento.

O crescimento mais rápido dos países emergentes e dos em via de desenvolvimento, bem como a lenta,  mas gradual recuperação de ecomomia americana, ajudaram também a recuperação do comércio internacional, o que tem beneficiado Angola, sobretudo no sector petrolífero.

Apar dos aspectos referidos, deve-se igualmente destacar o dinamismo dos sectores da Agricultura, Indústria Transformadora, Construção e Serviços Mercantis, cujas taxas de crescimento, em 2011, foram de, respectivamente 11,4%,4%, 6,8% e 12,3%.

Referiu que em 2012, o crescimento da agricultura sofreu um abrandamento em função da severa estiagem, enquanto os demais sectores apresentaram expansão expressiva, com taxas de 7,3%, 8,9% e 9,3 %, respectivamente. A estimativa preliminar do crescimento ocorrido em 2013 indica que estes sectores terão crescido 9,0%, 8%. 11% e 6%, designadamente.

Apesar deste dados avançados, o ministro Abrahão Gourgel afirmou que Angola ainda importa  grande parte dos produção que consome, algo de mais de 40%, o que indica uma diversificação da gama de oportunidades de investimentos na produção desses bens e serviços.

 É também parte da inserção da competividade na economia angolana, a política de apoio às exportações, porque as exportações concentram-se em 97% em petróleo bruto, 2% em diamantes e um resíduo de outros produtos extractivos.

No sector dos petróleos, estima-se que a produção de LNG alcance 5,2 milhões de toneladas/ano, equivalente a 45 mil barris/dia de petróleo, representando um aumento de 6,5% da produção actual de petróleo.

 

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