A governante, que falava no Colóquio Internacional sobre “A cooperação entre os Países de Língua Oficial Portuguesa”, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, disse que a implementação do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) vai proporcionar mais de 800 escolas dos vários níveis de ensino no país.

“Todo este esforço é realizado com preocupações inclusivas, nomeadamente de alunos com dificuldades diversas e de igualdade de género, diminuindo a enorme diferença que anteriormente se verificava na taxa de conclusão entre rapazes e raparigas no ensino secundário, tendo a taxa feminina crescido cerca de 60% no último quinquénio”, disse.

Indicou que a média de anos de escolaridade é de apenas 5,2, valor relativamente diminuto, mas que, na sua simplicidade, oculta um elevadíssimo esforço do Executivo angolano.

Sublinhou que para se contrapor a baixa de qualidade o Executivo aposta igualmente na melhoria do corpo docente, com acções de formação, superação e capacitação, bem como enquadramento de novos professores.

No quadro da cooperação com outros países, frisou a ministra de Estado, 66 licenciados angolanos estão a frequentar cursos de mestrado na Universidade do Minho (Portugal), nas vertentes de metodologia de educação pré-escolar, do ensino primário e secundário.

Segundo dados oficiais, no ano lectivo de 2020, foram matriculados mais de 10 milhões de estudantes no ensino geral, dois milhões dos quais entraram pela primeira vez no sistema de ensino.

O Sistema Nacional de Ensino conta com 210.674 mil professores, 30 mil dos quais foram admitidos nos últimos três anos.  A rede pública é constituída por 18 mil e 297 escolas, totalizando 167.032 salas de aula.