Cooperação francesa com nova dimensão

Fotografia: João Gomes

Fotografia: João Gomes

O Governo francês manifestou ontem em Luanda a sua disponibilidade para participar no processo de diversificação da economia angolana, sobretudo no desenvolvimento dos sectores da agricultura, energia, águas e tratamento do lixo.

A disponibilidade foi comunicada à imprensa pelo embaixador de França em Angola, Jean Moyrest, no final de um encontro com o Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, na Cidade Alta.

Jean Moyrest que o encontro serviu para passar em revista o actual estado das relações bilaterais. Para o diplomata francês, o fortalecimento das relações políticas e diplomáticas constitui o grande desafio dos dois países para os próximos tempos, atendendo a que num passado recente as relações entre ambos não eram muito estreitas.

Os dois Estados devem partilhar análises, estudar problemas e procurar soluções para garantir a estabilidade no continente africano, numa altura em que a economia está a melhorar em África.

Lamentou a existência de alguns conflitos em países africanos, salientando que Angola e a França devem unir esforços para minimizar o sofrimento das populações dos países africanos ainda em guerra. “Devemos enfrentar os focos armados em África e encontrar soluções para o desenvolvimento do continente”, afirmou.

O embaixador francês disse que aos esforços para combater os conflitos armados no continente africano devem juntar-se as organizações regionais e, sobretudo, a comunidade internacional. O embaixador francês disse que as relações económicas entre os dois Estados assumem uma “importância crucial” no sector petrolífero.

E garantiu que as empresas francesas podem fornecer toda a tecnologia de que Angola precisa para desenvolver o sector não petrolífero em várias regiões. “O petróleo não é tudo, mas sim o começo para o futuro do país”, reconheceu o diplomata francês, para quem o processo de diversificação da economia angolana pode contar com empresas francesas.

As relações de coperação entre Angola e França estendem-se a várias áreas, sobretudo à exploração de hidrocarbonetos, na qual o Grupo Total é operadora do bloco 17 em águas profundas.

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