RECENSEAMENTO MILITAR JÁ DECORRE

Angola deu início, nesta segunda-feira, ao processo de recenseamento de todos os cidadãos nacionais do sexo masculino, nascidos entre os dias 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2003, ao abrigo da Lei Geral do Serviço Militar.

Apesar de as autoridades estabelecerem o dia de hoje para o “arranque” deste processo, o mesmo foi marcado por alguma “timidez”, sendo que em apenas três províncias os trabalhos tiveram efectivamente início.

Com a presença de apenas dois jovens, numa previsão de mais de três mil e 500 recenseados do sexo masculino, a província do Cuanza Norte foi um dos casos onde se deu início ao processo, de forma simbólica.

De acordo com o responsável do Distrito de Recrutamento e Mobilização das Forças Armadas Angolanas (FAA) do Cuanza Norte, Ribeiro Tomás Caiombo, prevê-se recensear três mil e 517 cidadãos, tendo em conta o levantamento efectuado nas distintas repartições locais de Identificação Civil.

Referiu que hoje observou-se apenas a abertura formal, ressaltando que a província vai contar com 20 brigadas instaladas nas administrações municipais.

Os dois jovens presentes, nomeadamente Mário Paulo e Emanuel Freitas, ambos de 18 anos  de idade, destacaram a importância do recenseamento como dever patriótico, além do preceito legal que os obriga ao recenseamento militar.

No Bengo, o processo de recenseamento teve fraca adesão dos abrangidos, apesar de estarem criadas as condições em todos os municípios, para que o mesmo decorra sem sobressaltos.

O chefe do Distrito de Recrutamento e Mobilização local, Domingos Santiago, pediu aos jovens a comparecerem aos postos de recenseamento, sublinhando que poderão igualmente ser registados os cidadãos nascidos em 2002, mas que não fizeram o recenseamento militar, por várias razões.

Na província do Zaire, o processo arrancou em todas as administrações municipais e comunais da região, e notou-se  grande movimentação de jovens nestes locais desde as primeiras horas da manhã, constatou a ANGOP.

Os mais de 10 jovens contactados pela agência apelaram a todosos os abrangidos para dirigirem-se aos postos de recenseamento militar espalhados pela província, a fim de cumprirem com a lei.

De acordo com este diploma, o recenseamento tem sido organizado nas administrações municipais, comunais e distritais. No exterior, decorrerm através das embaixadas e serviços consulares.

O cadastramento permite determinar o controlo das reservas aceitáveis em recursos humanos mobilizáveis, facilitando a renovação regular e qualitativa dos efectivos das Forças Armadas Angolanas, conforme as necessidades.