MINISTRA ENCARA COVID-19 COMO DESAFIO PARA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Ministra do Ensino Superior Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo
Foto: Pedro Parente
A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Bragança, afirmou, nesta sexta-feira, em Luanda, que se deve encarar a pandemia da Covid-19 como um desafio e uma oportunidade para alavancar a investigação científica.
Ao intervir na primeira Conferência Nacional sobre Covid-19 em Angola, referiu que, para alavancar a investigação científica, é necessário capacitar os recursos humanos, melhorar as condições em termos de infra-estrutura de laboratório e capacidade de realização de técnicas.
Esclareceu que está é uma reacção positiva que os membros da comunidade científica tiveram quando ouviram o repto do ministério.
Conforme a governante, o Executivo tem uma política nacional de ciência, tecnologia e inovação que define as área estratégicas, como a saúde, em matéria de investigação científica.
Maria do Rosário Sambo afirmou que a capacitação dos recursos humanos pode ser uma fonte importante para trabalhos de doutoramento e mestrado.
Adiantou que a formação de quadros vai ajudar a criar e reforçar a base material para a criação de laboratórios e aplicação de tecnologias no processo da capacitação das instituições.
Das 155 bolsas de mestrado, doutoramento e pós-doutoramento, adiantou, existe uma cota de 55 por cento para ser atribuída as melhores candidaturas de mulheres.
Para a ministra, a participação de mulheres nos dois macro-projectos é de 41 por cento, sendo que o maior número está concentrado no projecto Perfil epidemiológico sobre a Covid-19 em Angola.
Pretende-se, de acordo com a ministra, conseguir-se ter elementos para ajudar o governo e não só a tomar as melhores decisões e contribuir para melhorar a assistência médica, fortalecendo, também, a investigação científica, com a publicação de artigos científicos.
Por outro lado, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, frisou que a faixa etária mais afectada pela Covid-19 em Angola é dos 30 aos 54 anos, representando 65 por cento .
Já a maior taxa de mortalidade é dos 65 anos de idade. Até ao momento Angola registou 379 óbitos, com uma taxa de letalidade de 2,3 por cento.
Angola tem um registo de 16. 484 casos, com 382 óbitos, 9. 266 recuperados e 6.836 activos.
Dos activos, seis estão em estado crítico com ventilação mecânica invasiva, quatro graves, 82 moderados, 131 com sintomas leves e 6.613 assintomáticos.
As autoridades sanitárias seguem 223 doentes internados nos centros de tratamento do país.