Presidente José Eduardo dos Santos defende medidas multidisciplinares para a RDC

Foto: Francisco Miudo
O Presidente em exercício da Conferência dos Grandes Lagos, José Eduardo dos Santos, advogou hoje, terça-feira, a tomada de medidas multi-disciplinares para a solução dos problemas que têm desestabilizado a República Democrática do Congo (RDC).
Ao proferir o discurso de boas vindas aos participantes na mini-cimeira da conferência Internacional dos Grandes Lagos, o estadista angolano sublinhou que não se pode tolerar que grupos sem qualquer meios de sustentação desestabilizem um governo democraticamente eleito.
Neste cimeira pretendemos voltar a analisar a situação vigente na RDC, no concernente às acções levadas a cabo pelas tropas contrárias ao governo legitimamente eleito pelo povo, referiu.
“Os caminhos que devemos trilhar são sobejamente conhecidos, designadamente da paz, reconciliação nacional e tolerância, sendo estas vias para a consolidação da paz na região”, aconselhou.
Na óptica do estadista angolano, a paz e a segurança nos países dos Grandes Lagos são inadiáveis e os respectivos territórios não devem ser usados para acções hostis, prevalecendo as relações de boa vizinhança.
A CIRGL foi criada após os conflitos políticos que marcaram a região dos Grandes Lagos, em 1994, cujo resultado marcou o reconhecimento da sua dimensão e a necessidade de um esforço concentrado com vista a promoção da paz e do desenvolvimento na região.
Os Grandes Lagos Africanos são um conjunto de lagos de origem tectónica, localizados na África Oriental, que incluem alguns dos mais profundos do mundo. A maior parte destes foi formada há cerca de 35 milhões de anos no Vale do Rift Ocidental, um dos ramos desta formação geológica que abrange a Etiópia, Quénia, Tanzânia, Uganda, Ruanda, Burundi, RD Congo, Malawi e Moçambique.
São membros da CIRGL Angola, Congo, República Democrático do Congo, Zâmbia, Sudão do Sul, Ruanda, Tanzânia e Uganda. A África do Sul participa neste encontro como convidado.