Novas unidades fabris nascem na ZEE

ANTÓNIO HENRIQUES DA SILVA, PCA DA AIPEX E DA ZEE (ARQUIVO) FOTO: LUCAS NETO

ANTÓNIO HENRIQUES DA SILVA, PCA DA AIPEX E DA ZEE (ARQUIVO)
FOTO: LUCAS NETO 

Quarenta e nove novas unidades fabris estão em construção na Zona Economia Especial (ZEE) Luanda-Bengo, no âmbito do programa de aumento da produção interna e diversificação da economia.

Destes projectos, dez  já  foram concluídos e 29 encontram-se em fase de implementação, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da ZEE, António Henriques da Silva, em entrevista, nesta terça-feira, à Televisão Pública de Angola (TPA).

Uma das unidades é a fábrica de lacticínios do grupo Gulkis, com capacidade para produzir 70 mil litros de leite líquido e 70 toneladas de leite condensado/dia, bem como outras quantidades não especificas de iorgurte, natas, leite de coco e farinha de trigo.

Esta unidade fabril poderá ser inaugurada em breve, de acordo com Henriques da Silva.

A esta juntam-se outras, como unidades fabris de sacos de ráfia e plásticos.

Actualmente, no perímetro da ZEE, das 160 unidades diversas instaladas 87, com predominância para o sector industrial, encontram-se em pleno funcionamento, e cerca de 5% destas já exportam a sua produção para alguns países, além de alimentarem o mercado interno.

No quadro do programa de privatizações em curso, o Estado tem em agenda a privatização de outras unidades, tendo já privatizado sete na primeira e outras 13 na segunda fase em curso, de um total de 23 lotes.

Com mais de cinco mil postos de trabalho actual, o número poderá aumentar com a entrada em funcionamento de novas unidades, até o final deste ano, de acordo com o gestor.

Recentemente, foram inauguradas na ZEE duas fabricas, uma de montagem de telemóveis, tables, computadores e acessórios  e outra  de tractores agrícolas, com a capacidade de produção de três mil unidades por ano, num investimento dos Emirados Árabes Unidos.

Interesses de investimento na Zona continuam a ser registados, sendo um dos últimos  manifestado pela Streit Group, considerado o maior  fabricante de veículos blindados no mundo, que quer investir 30 milhões de dólares numa linha de montagem deste tipo de veículos.

Outra empresa que também manifestou interesse de investir na ZEE é o Grupo Volkswagen África do Sul, uma subsidiária da Volkswagen Aktiengessellschaft (VWAG).

A Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, criada em 2009, tem como missão a atracção de investimentos internos e externos, nacionais e estrangeiros, incentivar o desenvolvimento e a diversificação da economia do país, por via do aumento da produção, crescimento das exportações e redução das importações.

Contracção nos investimentos

António Henriques, que também é o presidente do Conselho de Administração da Aipex- Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações, admitiu, à semelhança de outros países, a contracção dos investimentos na ordem dos 41%, devido à pandemia da Covid-19.

Este ano, os números de intenções apontam para 70 registo com valores na ordem dos 311 milhões e 462 mil dólares norte-americanos, contra  os 118 do período homólogo, com montantes de mil milhões e 190 milhões de dólares.

“A quebra é resultado do reflexo que o mundo vive”, justificou o responsável.

No total, a Aipex tem o registo de 309 intenções de investimentos, dos quais  64 são propostas  de investimentos implementados em diferentes sectores.

Dos projectos implementados, 28 são sector da Indústria, 20 para o Comércio, cinco para a Agricultura, igual número para prestação de serviços ,dois cada em hotelaria e turismo e um para a Saúde e outro não especificado.

A província de Luanda continua a ser a região do país mais concorrida em termos de interesse de investimentos, com 64%, mesmo com os incentivos fiscais previstos por Lei para quem queira investir em  outras regiões de Angola.

Depois de Luanda, seguem as províncias de Cabinda, Benguela e Malanje, de acordo com o responsável.

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