Notas são retiradas no próximo ano

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O Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou que retira de circulação as notas da antiga família do kwanza da série de 1999 a 1 de Julho de 2015, num processo que se estende até 31 de Dezembro de 2019 e que não invalida essa emissão de notas e moedas.
O facto foi anunciado ontem pelo governador do BNA, José de Lima Massano, numa conferência de imprensa destinada a apresentar os desenvolvimentos institucionais da entrada em circulação da nova família de notas e moedas, em Março do ano passado.
As notas da série de 1999 devem ser aceites até 31 de Dezembro, depois do que segue-se uma fase de retirada de circulação entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2015.
O governador do BNA informou que nesse período de seis meses, as notas antigas podem ser depositadas nos balcões dos bancos comerciais em todo o país, de onde não voltam a sair ou a entrar em circulação. José de Lima Massano revelou que estão em utilização 543 milhões de cédulas do kwanza da série 1999, contra 1,720 mil milhões de notas antigas no ano passado, quando o banco começou o processo de substituição.
Até ao momento, estão em posse do público 249 mil milhões de kwanzas em notas antigas, contra 276 mil milhões de kwanzas no final do ano passado.
O governador do BNA precisou que cerca de 70 por cento das notas da série de 1999 ainda em circulação correspondem às denominações de 50, dez e cinco kwanzas. “Consideramos um volume significativo e apelamos aos agentes no exterior (bancos, casas de câmbio e outros intermediários de valores) a procederem à substituição das antigas notas pela nova família do kwanza nos locais de remessa dos valores, para serem substituídas”, apelou.
As antigas notas são retiradas do mercado de forma gradual, sendo aceites normalmente nas transacções comerciais e financeiras até ao fim do prazo de validade anunciado pela entidade emissora.
Na opinião do governador do Banco Nacional, o período de cinco anos constitui tempo suficiente para a saída de circulação das notas antigas, apelando à população a dar uma melhor utilização às cédulas. O governador do BNA apontou que o processo de substituição das notas antigas pelas da nova família decorre nos serviços centrais do BNA, nas suas delegações regionais e noutros pontos indicados pela instituição financeira.
O administrador do BNA, Ramos da Cruz, acrescentou que até ao momento estão em circulação 106 milhões de moedas metálicas, anunciando que as da série de 1999 vão continuar a ser utilizadas. “Realizámos um inquérito com as delegações regionais e universidades, no qual constatámos existir boa aceitação da moeda metálica em todo o território nacional”, realçou.
O vice-governador do BNA, André Lopes, disse que o processo de depósitos bancários atingiu 50 por cento da população total, um valor positivo relativamente ao passado. “São criados outros instrumentos para viabilizar os pagamentos na economia.
A introdução de cartões utilizados no país e no exterior para pagamentos propiciou grandes ganhos”, sublinhou. André Lopes reconheceu existirem dificuldades na circulação de cartões nas localidades distantes das capitais de província, pelo que avançou a hipótese de se disponibilizarem pagamentos por telemóvel. “Onde os cidadãos não têm facilidades de adquirir cartões, pensamos que o telemóvel ajuda nos pagamentos”, referiu.