PIIM impulsiona transformação de rochas ornamentais

TRABALHADORES EM FÁBRICA DE TRANSFORMAÇÃO DE GRANITO FOTO: MORAIS SILVA

TRABALHADORES EM FÁBRICA DE TRANSFORMAÇÃO DE GRANITO
FOTO: MORAIS SILVA

A transformação de rochas ornamentais na província da Huíla subiu de mil e 421 metros cúbicos, para mil e 621/mês, fruto de solicitações de empresas no ramo da construção civil para acabamentos de obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

Ainda assim a produção local está muito abaixo da capacidade de extracção, fixada em 70 mil metros cúbicos por ano, mais de 90 por cento da qual é exportada através do Porto do Namibe.

A transformação feita por duas empresas, uma localizada no Lubango e outra na Chibia, consubstancia-se em artefactos de acabamentos para obras de construção civil, comercializadas nas províncias da Huíla, Benguela, Luanda, Malanje, Bié, Huambo, Cuando Cubango, Bengo, Cuanzas Norte e Sul e Moxico.

A província da Huíla tem 16 empresas que operam no subsector de rochas ornamentais, cuja produção em matéria bruta vai maioritariamente para a China, Espanha, Itália, Portugal, Índia, Polónia e Dubai.

Actualmente o sector mineiro na província da Huíla gerou 831 postos de trabalho, dos quais 783 nacionais e 48 estrangeiros.

O director do gabinete provincial para o Desenvolvimento Económico integrado da Huíla, Manuel Quilende, em declarações à Angop, disse que a quantidade do material transformado oscila em função das solicitações que os operadores têm, quando mais pedidos tiverem, mais produto acabado colocam à disposição do mercado.

As metas a atingir, à luz do Plano Nacional de Desenvolvimento e do PRODESI, a médio prazo, é aumentar a capacidade instalada do ponto de vista operativo do subsector, criando novas oportunidades de negócios com o surgimento de novas empresas, frisou.

Indicou que a extracção do granito nas minas também cresce, em função do aumento de uma para duas frequências de composições de blocos de granito por dia pelo Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) para o porto do Namibe.

A título de exemplo, apontou a empresa Hipermáquinas, localizada na Chibia, que subiu a sua produção de 20 para 50 unidades/dia.

O CFM assumiu em Maio de 2018 o transporte exclusivo do granito, depois da proibição por via rodoviária pelos governos da Huíla e Namibe, fruto da degradação das estradas.

A média de crescimento anual de operadores de rochas ornamentais varia entre dois a três projectos e têm nove empresas que aguardam pelos respectivos títulos de exploração, segundo dados do gabinete.

Entre as dificuldades enfrentadas pelo sector, Manuel Machado apontou a obtenção de divisas para aquisição de peças sobressalentes no mercado externo e os custos operacionais praticados pelo Porto do Namibe para exportação do mineiro.

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