Catoca encerra fábrica de tratamento de diamantes

MINA DE CATOCA, NA LUNDA SUL. EXPLORADORA DE DIIAMNTES SUSPENDE ALGUMAS ACTIVIDADES FACE À COVID-19
FOTO: HÉLDER DIAS
A Sociedade Mineira de Catoca procedeu ao encerramento de uma das fábricas de tratamento e suspendeu os trabalhos de prospecção em outras concessões, como medidas de gestão de crise, face à covid-19, indica uma nota dessa exploradora de diamantes.
De igual modo, lê-se no informe, reajustou os volumes dos planos de produção, com o adiamento de alguns investimentos e o melhor acompanhamento e redução das principais despesas e insumos utilizados no processo produtivo, como energia, água, combustível e material utilizado no processo de emulsão.
As medidas, traduzidas em maior atenção, com vista a redução de custos, inclui as peças sobressalentes e a suspensão de novas contratações, numa altura em que os mercados internacionais de diamantes estão encerrados, em consequência da pandemia da covid-19.
Nesta altura, refere o comunicado, “não se compra, nem se vende diamantes e, como resultado, as empresas deste subsector pararam de obter receitas, a exemplo da Índia, o maior lapidador dos diamantes de Angola que se encontra o mercado estagnado, com grandes stocks lapidados e brutos”.
Segundo o documento da Catoca, com o Estado de Emergência, decretado em quase todos os países, surgiram algumas restrições, como o encerramento de algumas fábricas e, ou, a dificuldade de se exportar mercadorias não relacionadas ao combate e prevenção da covid-19, bens alimentares e outros específicos.
Este factor, sublinha a nota a que a Angop teve acesso hoje, causou uma disrupção na cadeia de logística de certos produtos essenciais ao sector mineiro. Outro exemplo, é o fornecimento de pneus para equipamentos de grande porte, o cerne do trabalho em uma mina.
Os Estados Unidos da América e a China, cita a nota da referida empresa mineira, actualmente as maiores regiões de consumo de diamantes, têm os seus mercados encerrados, preocupados em combater o novo coronavírus.
“As operadoras do sector vivem dias difíceis, tão desafiantes que estão a levar as mesmas a desenvolver planos de crise, conforme aconteceu com a Sociedade Mineira de Catoca, a mineradora responsável pela produção de mais de 75% dos diamantes de Angola”, lê-se no docuento.
Face a isso, conclui o comunicado, a Direcção da empresa, encabeçada por Benedito Paulo Manuel, optou por desenvolver um plano estratégico que está a garantir a gestão neste cenário de crise, mantendo os serviços essenciais.