Empresários recorrem ao alívio económico

EMPRESÁRIOS ANGOLANOS APROVEITARAM O RECURSO POSTO À DISPOSIÇÃO PELO GOVERNO (FOTO ARQUIVO)
FOTO: PEDRO PARENTE
Mil e 964 candidaturas foram submetidas ao portal www.alívioeconomico.org no âmbito da implementação das medidas de mitigação do impacto dos efeitos negativos provocado pela covid-19, informou hoje o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João.
Até ao fecho das candidaturas, a 30 de Abril, segundo o secretário de Estado para a Economia, foram registados pedidos para todas as categorias previstas, sendo mil e 16 para operadores de comércio e distribuição, 506 para pequenas e médias empresas no ramo agro-pecuário e pescas, 139 cooperativas familiares, 223 para indústrias transformadoras e 80 para sociedade micro-crédito.
Mário Caetano João, que falava num encontro com agentes distribuidores acerca da implementação das medidas de alívio económico, explicou que o objectivo é apresentar os mecanismos para a concessão de financiamento para a compra da produção nacional de bens de consumo.
“Entendemos que o papel do sector privado nesse processo é de extrema importância e com a vossa ajuda conseguiremos concretizar as metas preconizadas para mitigar os resultados negativos provocado pela pandemia vigente”, realçou o responsável.
Durante o acto, os empresários levantaram diversas questões inerentes às políticas de preços, à cadeia de distribuição, às questões da transportação dos produtos, à identificação das zonas de maior produção, os tipos de produtos e às formas de pagamento.
Para o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Inapem), Arnito Agostinho, através do portal “alívio económico” vai ser colocado uma janela onde os agentes distribuidores poderão identificar as zonas de maior produção nacional, bem como os produtos existentes.
Arnito Agostinho considerou ainda preocupante a questão da produção desenvolvida de modo informal, uma vez que o banco terá de fazer o pagamento directamente ao agricultor.
Nessa vertente bancária, o PCA do Inapem referiu que está a ser preparado um programa de inclusão financeira, no sentido de viabilizar a operação entre os produtores e os compradores no âmbito da linha de financiamento de compras de bens de consumo de origem nacional.
Por sua vez, o empresário Walter Mateus sugeriu que se crie condições de acessibilidade para que se possa chegar até aos campos de cultivo, devido ao actual estado das vias de acesso, bem como a criação de áreas de logística nas capitais das províncias.