Educação vai liberar produção de manuais escolares

MINISTRA DA EDUCAÇÃO, LUISA GRILO

MINISTRA DA EDUCAÇÃO, LUISA GRILO

O Ministério da Educação vai liberar a produção de manuais escolares para corrigir a situação do ensino da língua portuguesa em Angola, contando com 38 especialistas recém formados, revelou nesta sexta-feira, em Luanda, a titular da pasta, Luísa Maria Alves Grilo.

Ao falar na cerimónia de encerramento da “Semana da Língua Portuguesa”, realizada de 4 a 8 deste mês, sublinhou que o Ministério vai definir os critérios para elaboração de manuais escolares, bem como os programas e os conteúdos para depois lançar o concurso para se submeter à elaboração dos manuais.

De acordo com a governante, o Ministério vai contar com uma equipa científica para avaliação e poder seleccionar a melhor proposta de livro, de formas a evitar erros nos manuais.

Luísa Maria Alves Grilo disse que numa primeira fase a prioridade será para o ensino primário,”porque as bases começam no ensino primário. Depois da apresentação dos especialistas será feito o programa a ser seguido”.

Em relação ao acordo ortográfico que o país ainda não ratificou, a ministra considera que, os estudos apresentados no colóquio em alusão à Semana da Língua Portuguesa, são uma peça importante para que o Governo possa decidir se “rectifica ou não”.

“Tínhamos reservas sobretudo das terminologias das línguas angolanas de origem africana, com os estudos estamos em condições de introduzir as alterações que se proporcionam para que o acordo seja aceite”, afirmou.

A ministra diz que a formação tem sido possível mediante a realização de trabalhos conjuntos levados a cabo pela Comissão Multissectorial cuja colaboração institucional tem permitido que o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação atribua bolsas para especialização ao nível de mestrado e doutoramento.

Segundo a responsável, parte destes técnicos apresentaram os resultados dos seus estudos na Semana da Língua Portuguesa e constituirão as equipas de desenvolvimento dos projectos de âmbito nacional.

Trata-se dos projectos Vocabulário Ortográfico Nacional, a Terminologia da Administração e o Observatório Linguístico Angolano.

Destacou os ganhos do colóquio que decorreu via on-line, com uma média diária de sete mil internautas, nacionais e estrangeiros, permitiu concluir que neste momento particular as TIC são a aposta certa.

Fez saber que o colóquio permitiu auscultação sobre a norma e variação linguística, lexicologia, ensino do português, língua materna, segunda língua estrangeira, bem como o ensino da literatura.

Questionada sobre uma possível anulação do ano lectivo, Luísa Maria Alves Grilo, garante não haver anulação, tendo em conta ao facto de existirem ainda sete meses para “podermos fazer um ano lectivo mais curto sim, mas com a qualidade que se exige.   Definimos já os programas mínimos e assim que as condições se proporcionarem vamos retomar”.

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