Autoridades frustram invasão da zona mineira de Mussolobela

CASCALHO DE DIAMANTES NA ZONA INVADIDA DE MUSSOLOBELA
FOTO: HENRI CELSO
23 Abril de 2020 | 19h48 – Actualizado em 23 Abril de 2020 | 19h48
Os órgãos de defesa e segurança na Lunda Norte dispersaram um grupo de mais de 500 garimpeiros, maioritariamente da República Democrática do Congo (RDC), que invadiram uma área de exploração diamantífera, denominada “Mussolobela “pertencente a empresa Chitotolo, para o garimpo de diamantes.
A dispersão dos invasores, que envolveu forças especiais da Polícia Nacional (PIR) e das Forças Armadas Angolanas (FAA) – “Comandos”, resultou de uma denúncia da empresa.
Uma fonte da administração municipal de Cambulo avançou que não foi detido nenhum garimpeiro.
No final da visita de constatação, o governador Ernesto Muangala apelou à empresa a reforçar a segurança no local, para evitar que tais práticas se repitam, por ser uma área que “alicia”, sobretudo, os emigrantes da RDC.
“Estamos numa fase em que todo o cuidado é pouco, por isso, a empresa deve destacar aqui um número considerável de segurança para impedir estas práticas e evitar a entrada de cidadãos da RDC no nosso país e transportarem possíveis casos da covid-19 para Angola”, alertou.
Sublinhou que não deve ser os órgãos de defesa e segurança a garantirem a protecção das áreas cedidas às empresas privadas para a exploração de diamantes. “ Devem, os projectos mineiros, criar as condições de segurança para que as suas concessões não sejam invadidas”.
Por seu turno, o director das operações mineiras do Chitotolo, Alexandre Albuquerque, assegurou que estão a ser mobilizados efectivos para a área invadida, numa acção conjunta com a empresa de segurança contratada.
Disse que decorrem os estudos de viabilidade para que a área começa a ser explorada nos próximos anos.
A Sociedade Mineira de Chitotolo, em funcionamento desde a década de 90, detém uma área e/ou concessão de sete mil metros quadrados.