Brasil quer negociar aeronave E2 para TAAG

BOEING 777-300 ER DA TAAG FOTO: LINO GUIMARÃES

BOEING 777-300 ER DA TAAG
FOTO: LINO GUIMARÃES

13 Dezembro de 2019 | 00h33 – Actualizado em 13 Dezembro de 2019 | 09h19

A empresa brasileira do sector aeronáutico “Embraer” manifestou nesta quinta-feira, em Luanda, o interesse em negociar com o Governo angolano a venda do seu mais recente avião comercial, de modelo E195-E2 e com capacidade de até 146 passageiros, para rotas internacionais.

Com esse passo, a empresa sul-americana pretende minimizar os custos de manutenção e dar maior eficiência à TAAG, Linhas Aéreas de Angola, segundo o vice-presidente de vendas dessa companhia, Raul Villaron.

O responsável, que falava à margem de um seminário sobre a “Base industrial da Defesa do Brasil”, promovido pela embaixada brasileira em Angola, referiu tratar-se de um avião económico que consume menos combustível em relação aos demais.

“A E195-E2 consome 30 por cento menos combustível do que o B737-700, sendo o seu custo de manutenção quase 40 por cento menos do que os actuais aviões usados pela TAAG”, comparou o vice-presidente de vendas da Embraer.

A intenção, argumentou, é trabalhar juntamente com a companhia angolana de bandeira para a venda do E195-E2, com vista a substituir os seus actuais aparelhos do tipo Boeing 737-700, que estão a atingir uma idade de substituição.

“Há duas semanas trouxemos, pela primeira vez, o modelo do nosso avião para Angola, e fizemos a demonstração da sua eficiência, assim como mostramos ser a aeronave ideal para TAAG”, afirmou.

Caso se concretizem as negociações, avançou, Angola será privilegiada com um pacote diferenciado no preço e beneficiará de formação de pilotos, mecânicos, comissário de bordo, tendo em conta os laços históricos que unem os dois países.

Em declarações à imprensa, à margem do seminário dirigido aos órgãos de defesa e segurança dos dois países, o ministro da Defesa Nacional, Salviano de Jesus Sequeira, manifestou o interesse de o país cooperar com esse Estado sul-americano nessa matéria.

Afirmou que Angola pode aproveitar a experiência brasileira e fazer algumas parcerias para fabricar localmente o seu material.

Durante o seminário, os participantes trocaram experiências sobre as novas tecnologias usadas no sector da defesa e segurança militar.

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