UE engaja 5 milhões de euros para apoiar transparência

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS, UE E FMI NO ACTO DE ASSINATURA DO ACORDO DE GESTÃO DAS FINANÇAS PÚBLICAS FOTO: GASPAR DOS SANTOS

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS, UE E FMI NO ACTO DE ASSINATURA DO ACORDO DE GESTÃO DAS FINANÇAS PÚBLICAS
FOTO: GASPAR DOS SANTOS

10 Dezembro de 2019 | 13h51 – Actualizado em 11 Dezembro de 2019 | 09h59

A União Europeia disponibilizou cinco milhões de euros para a implementação do Programa de Apoio à Governação Económica de Angola, com vista à melhoria da transparência orçamental e eficácia das despesas públicas.

O projecto, cujo acordo de contratação foi assinado nesta terça-feira, em  Luanda,  entre o Governo angolano, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário  Internacional (FMI), prevê também proporcionar  uma base  mais ampla  e estável  para o Orçamento Geral do Estado e criar um sistema  eficaz para  combater  os fluxos financeiros ilícitos.

Por parte do Governo angolano, o contrato do Projecto  foi assinado pela ministra das Finanças, Vera Daves, pela UE, o seu  embaixador em Angola, Tomas Ulicny, e pelo FMI, o  consultor assistente do Departamento  dos Assuntos Fiscais, Rui Monteiro.

Com o referido programa, a ser implementado pelo FMI – o parceiro tido como mais capacitado para brindar a assistência  e apoios necessários – a União Europeia augura  o reforço do desempenho e compromisso do Governo angolano para  a eficácia, sustentabilidade e transparência das finanças públicas.

A ser implementado num período de três anos,  o projecto  prevê  melhorar a credibilidade  e a eficácia  das despesas e investimentos públicos  e da transparência orçamental.

Para o embaixador  da UE, os objectivos  enquadram-se  nas medidas  abrangidas pela reforma  das finanças públicas  em Angola, pelo que conta com  “alto grau” de apropriação por parte do Ministério das Finanças, assim como a sua capacidade para preparar  projecções dos investimentos públicos  e das despesas de capital.

Um sistema  de identificação, acompanhado da  gestão  de riscos  orçamentais fiscais,  também será elaborado no quadro do projecto, de acordo com Tomas Ulicny.

Para o diplomata, o programa de macroestabilização (2017-2018) do Governo  ilustra o empenho em implementar reformas  ambiciosas e  “extremamente” necessárias.

“Temos a certeza  que o Governo está no caminho justo  da reforma e queremos apoiar os seus esforços para atingir, com sucesso, as metas  propostas”, enfatizou.

Reforço de mais  dois  milhões  de euros

A UE  prevê dar apoio mediante uma assistência técnica,  com um financiamento na ordem dos dois milhões e 500 mil euros, para  ajudar o quadro orçamental  a médio prazo e a elaboração da Lei  de Responsabilização Fiscal,  duas prioridades do Ministérios das Finanças.

Sem avançar mais detalhes sobre essa assistência técnica, Tomas Ulicny disse ainda que, ao longo dos três anos de  implementação do Programa, será  elaborado  um quadro legal abrangente  que definirá o quadro orçamental a médio prazo e aumentar  a capacidade de previsão macroeconómica e orçamental pelo Ministério das Finanças.

Para a União Europeia, o  referido projecto é crucial para  enfrentar os desafios económicos  e promover uma  progressão mais equitativa  e sustentável de Angola, para o desenvolvimento.

A UE é um dos principais doadores  empenhados na prestação de parte da ajuda , através  de apoio orçamental, a fim de reforçar  a responsabilização nacional e utilizar  os sistemas nacionais .

O referido apoio orçamental  é implementado em 89 países, tendo sido  aplicados 10,6  mil milhões de euros, através de  250 programas,  e  os seus pagamentos a título do apoio orçamental anual da UE ascenderam os mil milhões e 800 milhões de euros  em 2018.

 

 

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