Angola reaprecia adesão ao Acordo Ortográfico

SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA, AGUINALDO CRISTÓVÃO FOTO: ROSÁRIO DOS SANTOS

SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA, AGUINALDO CRISTÓVÃO FOTO: ROSÁRIO DOS SANTOS

26 Agosto de 2019 | 11h25 – Actualizado em 26 Agosto de 2019 | 15h49

A ratificação do Acordo Ortográfico, por parte de Angola, está a depender da adequação da especificidade das línguas de cada país, principalmente da grafia, afirmou, em Luanda, o secretário de Estado da Cultura, Aguinaldo Cristóvão.

Angola trabalha na elaboração do vocabulário ortográfico nacional e na terminologia da administração pública para a ratificação do Acordo Ortográfico de 1990, bem como na criação de dicionários e gramáticas.

O acordo, em vigor desde 1990, foi ratificado apenas por Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Angola mantém-se de fora, por considerar haver aspectos a acertar no referido acordo.

Aguinaldo Cristóvão, que falava à Angop sobre o processo de ratificação do acordo ortográfico, adiantou que países como Angola têm necessidades específicas em matéria de protecção, tanto da fonética, quanto da grafia.

Segundo o responsável, uma das exigências de Angola, desde o primeiro momento, tem a ver com o respeito à sua grafia, algumas delas decorrentes das línguas nacionais, além de outros aspectos técnicos.

Informou que está a ser efectuado um estudo com especialistas para ver como adequar as necessidades concretas de Angola, relativamente a determinadas expressões próprias dos países africanos, tais como letras que fazem parte da grafia das línguas nacionais.

Explicou que não se pode estimar uma linha temporal para a ratificação, por parte de Angola, pois decorrem debates com diversos sectores da sociedade, devido ao carácter mutável da língua e a sua relação com as dinâmicas sociais e culturais.

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