Mulheres africanas exortadas a liderar mudanças

MULHERES - ALAVANCA DO DESENVOLVIMENTO FOTO: NELSON MALAMBA

MULHERES – ALAVANCA DO DESENVOLVIMENTO
FOTO: NELSON MALAMBA

31 Julho de 2019 | 23h34 – Actualizado em 31 Julho de 2019 | 23h34

O governador provincial de Benguela, Rui Falcão, considerou hoje, quarta-feira, nesta cidade, que o continente africano só vai se desenvolver quando as mulheres tomarem as “rédeas” do poder e ajudarem a estabilizar as famílias e a sociedade.

Segundo o responsável, que falava no acto provincial alusivo ao dia da Mulher Africana (hoje assinalado), na localidade da Equimina, na Baía Farta, mais do que nunca, as mulheres devem assumir o seu papel igualitário em relação aos homens.

Rui Falcão disse que as mulheres devem encarar o poder como uma das suas conquistas.

Realçou que o Executivo angolano tem apostado na atribuição de funções de responsabilidade às mulheres, aos vários níveis, porque acredita nas suas capacidades.

“Nos anos 80, praticamente não havia mulheres na universidade. Hoje, começam a ser a maioria no ensino superior e na diferenciação do ensino superior, então, onde está a dúvida de que elas devem assumir cargos de responsabilidade?”, indagou.

Por seu lado, a psicóloga Alice Rasgado disse ser fundamental que se invista numa educação mais inclusiva e abrangente da mulher, que não se esgote apenas nos currículos formais e que seja capaz de trazer à discussão questões do género, cidadania, igualdade, paz, participação, justiça social, dentre outras.

Segundo a psicóloga, as mulheres têm que ser formadas e informadas em qualquer contexto, de modo a se potenciarem sobre a vida política, económica e social.

Para marcar a data, foram realizadas no local várias palestras sobre os temas “casamento na adolescência”, “Como Gerir o Pequeno negocio”, “Mulher africana em tempo de Globalização”, “HIV/SIDA e a Insuficiência renal”.

O acto foi assistido por representantes de igrejas, associações, autoridades tradicionais e mulheres de vários extractos sociais.

A Equimina é uma comuna que pertence ao município da Baía Farta, dista a 120 quilómetros da cidade de Benguela e possui cerca de 1.800 habitantes que se dedicam fundamentalmente a pesca e agricultura. A localidade possui postos médicos, escolas primárias e do primeiro ciclo, e uma doca para conservação de peixe.

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