Executivo deve interagir mais com os empresários

COORDENADOR DO GRUPO TÉCNICO EMPRESARIAL, CARLOS CUNHA FOTO: PEDRO PARENTE

COORDENADOR DO GRUPO TÉCNICO EMPRESARIAL, CARLOS CUNHA
FOTO: PEDRO PARENTE

31 Julho de 2019 | 17h15 – Actualizado em 31 Julho de 2019 | 17h15

O coordenador do Grupo Técnico Empresarial, Carlos Cunha, defendeu nesta quarta-feira, em Luanda, a necessidade do Executivo valorizar os empresários nacionais como seus interlocutores, com vista a ultrapassar os actuais problemas de ordem estrutural que aflige a essa classe.

Os líderes de oito associações empresariais, presididas por Carlos Cunha, participaram, hoje (quarta-feira), no início da reunião do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, na qual voltaram a apresentar algumas preocupações e propostas da classe empresarial do país.

Na terça-feira, o Presidente da República reuniu-se com a classe empresarial angolana, de quem ouviu uma série de reclamações sobre constrangimentos que a mesma enfrenta, factores que têm condicionado a melhoria do ambiente de negócios no país.

Carlos Cunha realçou que actualmente já são visíveis algumas transformações, fruto do bom senso do Executivo, com realce para a reforma fiscal, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), a inserção dos manuais de educação, a privatização das fazendas agrícolas e o instrutivo do Banco Nacional de Angola que regula a afectação de 2,5 por cento dos activos dos bancos comerciais.

“São muitas as medidas negociadas que estão a ser implementados”, afirmou o empresário angolano, numa referência às transformações económicas que ocorrem no país, fruto do trabalho conjunto realizado pela classe empresarial.

No encontro de terça-feira, o Presidente da República, João Lourenço, apontou a necessidade do aumento do investimento na economia, para melhorar a oferta de emprego, sobretudo no sector privado.

A par da exigência feita aos empresários, deixou uma mensagem de esperança à classe empresarial ao reafirmar que o Executivo tem adoptado medidas para a remoção das barreiras ao investimento, com vista a melhorar o ambiente de negócios no país.

Das medidas em curso, mencionou a mobilização de recursos financeiros internos e externos para financiar o sector privado angolano, como as linhas de crédito que estão a ser negociadas com um banco alemão e outras instituições financeiras internacionais.

Lembrou também que o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) foi orientado no sentido de utilizar os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento, a fim de bonificar as taxas de juros que ainda são muito altas no mercado financeiro.

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