Autoridades impedem actos de especulação

Supermercados surpreendidos pela Inspecção do Comércio
Fotografia: Edmundo Eucilio | Edições Novembro
O Gabinete da Inspecção Geral do Ministério do Comércio e o Serviço de Investigação Criminal ( SIC) impediram sexta-feira, em Luanda, práticas de especulação nos supermercados Suneep Angola e Alimenta, numa jornada de monitorização de preços ligada ao início da flutuação do câmbio.
Na Suneep Angola, um estabelecimento vocacionado à venda de frescos, a equipa de inspecção constatou que a caixa de bacalhau estava a ser vendida a 20.500 kwanzas, quando o preço justo e estabelecido pelo mercado é 15.675 kwanzas.
Nessa mesma loja, a caixa de coxas de frango estava ser vendida a 6.250 kwanzas, cerca do dobro dos 3.750 kwanzas a que deve ser comercializada, e a caixa de frango a 7.500 kwanzas, ao invés dos 7.152 kwanzas estipulados.
O gerente da do supermercado, Ashisi Shivani, alegou que aumentou os preços por, alegadamente, ter ouvido que outros estabelecimentos tinham feito o mesmo devido à depreciação do kwanza.
Após explicações dadas pela equipa de inspecção, amplamente aplaudida pelos clientes da loja, o gerente comprometeu-se em cumprir com o estipulado pelas autoridades comerciais, evitando desta forma incorrer em infracções ou no crime de especulação.
No Alimenta Angola, a comissão de inspecção constatou haver açambarcamento das caixas de frango e coxas por cidadãos que se dedicam a revenda fora deste estabelecimento.
A comitiva questionou a gerência do estabelecimento comercial sobre as medidas que estavam a ser tomadas de modo a evitar esta prática e tomou conhecimento que eram comercializadas duas caixas por cliente, procedimento que foi reprovado pela inspecção do comércio devido à sua ineficácia.
Os responsáveis da Inpecção do Comércio orientaram, na ocasião, o estabelecimento a proceder à venda por unidade.