Milhares de casas com luz eléctrica

Fotografia: Benjamim Cândido

Fotografia: Benjamim Cândido

Um total de 186.371 famílias da cidade do Dundo, província da Lunda Norte, vão ter acesso a energia eléctrica com a reabilitação e reforço de potência do Aproveitamento Hidroeléctrico do Luachimo.

As obras, orçadas em mais de 200 milhões de dólares, foram consignadas ontem à empresa China Gezhouba Group Company (CGGC) na presença do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, e do governador Ernesto Muangala.
Com a conclusão das obras, a serem executadas no prazo de 36 meses, o Aproveitamento Hidroeléctrico de Luachimo vai passar dos actuais oito megawatts para 34 megawatts de potência, podendo assim beneficiar também populações de cidades circunvizinhas do Dundo.
O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, lembrou que a central eléctrica do Luachimo foi construída em 1957 para atender, sobretudo, a exploração mineira. Mas com o crescimento da cidade do Dundo, houve necessidade de dar resposta à procura por energia que se verificava na região.
Por isso, foi feito um investimento pelo Executivo que permitiu a construção de uma central térmica que melhorou significativamente a distribuição de energia. Apesar disso, João Baptista Borges frisou que é necessário hoje reforçar a capacidade de produção da barragem do Luachimo, como resultado do aumento do consumo de energia eléctrica provocado pelo crescimento da cidade, da população e das actividades económicas. Neste sentido, foi aprovada, em 2013, a ampliação da capacidade de produção da barragem do Luachimo.
“É um projecto avultado e que vai concentrar aqui uma actividade intensa durante os próximos 36 meses e criar muitos postos de trabalho”, sublinhou o ministro, para acrescentar que existem dois mil milhões de dólares da linha de crédito da China para execução de projectos de energia e águas em todo país. O governador provincial da Lunda Norte, Ernesto Muangala, disse que os equipamentos que asseguram o funcionamento da hidroeléctrica do Luachimo estão obsoletos. Face a esta situação, disse, a central produz apenas metade da sua capacidade instalada, que de é oito megawatts, insuficiente para responder às reais necessidades da população e outros serviços, em termos de consumo.
Por isso, Ernesto Muangala manifestou  satisfação com a concretização do início das obras de reabilitação da barragem do Luachimo.

Sistema integrado

A estratégia do Executivo é integrar o Aproveitamento Hidroeléctrico do Luachimo naquilo que vai ser o sistema eléctrico do leste de Angola, que interliga as províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico, permitindo a troca de energia entre elas. “Vamos ter Luachimo no Dundo, o Chiumbe, que está a ser construído e vai ser inaugurado no próximo ano, e Chicapa, onde deve ser construída a segunda central com 40 megawatts para atender Saurimo e o Moxico”, frisou o ministro.
A ideia a médio e longo prazo é interligar o sistema leste à rede eléctrica nacional através das centrais hidroeléctricos de Capanda, Cambambe, Láuca e de Caculo Cabaça.
Desta forma, sublinhou o ministro da Energia e Águas, concretiza-se a estratégia do Executivo que é permitir que até 2025 cerca de 60 por cento da população, ou seja cerca de 15 milhões de pessoas, tenham acesso à electricidade.

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