Vítimas de cancro recebem ajuda
O Centro Nacional de Oncologia recebeu ontem, em Luanda, um donativo do Standard Bank composto por bens alimentares e material hospitalar.
O director de Comunicação do Standard Bank Angola, Nuno Monteiro, disse que a entrega do donativo resulta de uma estratégia de responsabilidade social voltada para o apoio a pacientes vítimas de cancro, sobretudo crianças. “Prometemos continuar a ser solidários com o Centro Nacional de Oncologia e estender o apoio aos centros de oncologia nas províncias do Cuanza Sul e Benguela.”
O donativo entregue ao centro, que atende por dia mais de 200 pacientes, contém produtos alimentares perecíveis, de higiene pessoal e hospitalar, material de escritório, mosquiteiros, água mineral, luvas, compressas, fraldas descartáveis e manuais de instrução sobre a prevenção da cólera e malária.
Alguns dos produtos oferecidos, como fraldas descartáveis, água mineral e alimentos perecíveis, são destinados ao Serviço de Onco-hematologia Pediátrica, que controla 168 crianças, algumas das quais em tratamento de quimioterapia.
“Os colaboradores do Grupo Standard Bank têm vindo a acompanhar os esforços e desempenho que os especialistas do centro desenvolvem e decidiram contribuir para a melhoria da assistência aos pacientes e minimizar as principais dificuldades do hospital”, declarou Nuno Monteiro. O responsável pelo Serviço de Onco-Hematologia Pediátrica do Centro Nacional de Oncologia, Ngamba Elias, disse ser importante que as instituições públicas e privadas prestem mais atenção ao centro e que actos do género se realizem constantemente.
Hospital precisa de apoios
Ngamba Elias acentuou que a unidade sanitária pública precisa de apoios, destinados principalmente à área de pediatria, onde os doentes internados precisam de “muitas fraldas descartáveis”, cuja aquisição não está ao alcance de familiares de muitos doentes.
O Centro Nacional de Oncologia acompanha 467 pacientes, em consultas externas e internas, alguns dos quais provenientes de outras províncias do país, e tem enfrentado várias dificuldades, por o dinheiro proveniente do Orçamento Geral do Estado não ser suficiente para as necessidades do hospital que aumentam por causa da procura dos seus serviços pela população. “A procura é grande”, disse Ngamba Elias, que informou estar o centro a atender actualmente mais de 200 pacientes diariamente.
O número de especialistas ainda está aquém do desejável, um défice que vai ser corrigido quando regressarem a Luanda médicos que estão em formação no estrangeiro.
O Centro Nacional de Oncologia tem apenas três médicos especialistas nas áreas de onco-hematologia pediátrica, mama-hematologia e quimio-laboratorial.