União Europeia reitera apoio ao país até 2020
O embaixador da delegação da União Europeia, Gordon Kricke, reiterou hoje, quinta-feira, em Luanda, o contínuo apoio a Angola no âmbito do acordo de cooperação assinado recentemente (Plano Indicativo Nacional), no valor de 210 milhões de Euros, para o período de 2014/2020.
O embaixador, que falava na abertura do workshop sobre Alterações Climáticas-Rumo à COP21, realizado em parceria com o Ministério do Ambiente, referiu que a União Europeia, no quadro deste acordo, irá apoiar os sectores da agricultura sustentável e de água e saneamento que terão um grande impacto no nível do aumento da resiliência às alterações climáticas.
“Através da partilha de experiências e debates sobre acções positivas em curso em Angola, bem como dos desafios que o país enfrenta, estamos já integrados no processo com vista a celebração de um acordo em Paris”, referiu .
Defendeu a necessidade de todos trabalharem para garantir que o acordo de Paris, cuja assinatura está previsto para Dezembro deste ano, proporcione uma perspectiva de acção de todas as partes, bem como do empenho comum para alcançar um objectivo e da transição acelerada para uma futura economia hipocarbónica mais resiliente às alterações climáticas.
Para o diplomata, enfrentar este desafio global exigirá uma acção abrangente e inclusiva a nível mundial.
Por isso, de acordo com Gordon Kricke, o novo acordo climático, vai constituir um marco histórico, e as pessoas de todo o mundo procuram um sinal da disponibilidade e vontade dos dirigentes para tomarem medidas decisivas de combate às alterações climáticas.
“Esta reunião tem lugar num momento crucial. Faltam menos de 30 dias para a Conferência de Paris sobre o clima, na qual se espera que seja celebrado um novo acordo mundial sobre o clima”, lembrou Gordon Kricke.
Segundo afirmou, a União Europeia tem demonstrado desde há muito a sua liderança no domínio das alterações climáticas, e os seus compromissos pós-2020 não constituem excepção.
Segundo Gordon Kricke, a União Europeia vai reduzir as suas emissões de gases com efeito estufa (GEE) em menos de 40 porcento até 2030, em relação aos níveis de 1990.
“Temos um quadro politico ambicioso para garantir que cumpriremos os compromissos estritos que assumimos”, reiterou o diplomata sustentando que a União Europeia está a tomar medidas firmes para reduzir as emissões e fazer a transmissão para uma economia de baixo carbono.
Na sua óptica, os efeitos das alterações climáticas são sensíveis em todo o mundo e é uma prioridade tomar medidas para eliminar ou minimizar o seu impacto.
De acordo com o embaixador, a União Europeia e os seus Estados-membros são os principais financiadores das acções climáticas, tendo disponibilizado um montante de 12 mil milhões de dólares em 2013.
“A base de doadores tem de ser alargada, e os beneficiários de financiamento das acções climáticas devem assegurar a existência de condições adequadas para atrair investimentos”, defendeu Gordon Kricke.